A queda nas exportações do Reino Unido em termos anuais foi registrada por nove trimestres consecutivos, revelou a Sputnik após pesquisar os dados de estatística abertos.

Vale ressaltar que um declínio de duração comparável nas exportações do país foi observado entre 2014 e o primeiro trimestre de 2016, em meio à crise na União Europeia (UE).

Naquela época, a UE foi abalada pelos efeitos econômicos das sanções contra a Rússia, que ricochetearam a própria Europa, pelos problemas migratórios devido ao fluxo de refugiados do Oriente Médio e África de Norte, bem como pela crise da dívida na Grécia.

Entretanto, naquele mesmo período, a taxa anual de declínio das exportações, em média, não excedeu 3%, e durante a atual queda elas são quase três vezes maiores – cerca de 9%.

Ao longo de sua história moderna, o Reino Unido compra mais no exterior do que fornece: a balança comercial do país é estritamente escassa desde pelo menos o início deste século.

Curiosamente, o déficit comercial mais perceptível do país foi sob o atual primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

Dessa forma, segundo os recentes dados da alfândega nacional, as exportações no segundo trimestre foram de US$ 121,25 bilhões (R$ 644,05 bilhões) enquanto o país importou produtos do exterior no valor de US$ 212,36 bilhões (R$ 1,13 trilhão).

Assim, o saldo da balança comercial trimestral teve um déficit recorde na história moderna do Reino Unido, chegando a US$ 90,53 bilhões (R$ 481,64 bilhões).