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EUA voltam a vetar no Conselho de Segurança prévia de resolução que pede cessar-fogo em Gaza

Pela segunda vez em menos de três meses, os Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira (18) mais um rascunho de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que pedia um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de todos os reféns ainda mantidos. A informação é de um correspondente da Sputnik.
O único veto veio dos Estados Unidos — além de Washington, China, Rússia, Reino Unido e França podem impedir o avanço de pautas no órgão. Já os demais 14 membros, incluindo os não permanentes, foram favoráveis à resolução.
O rascunho foi elaborado pelos 10 países que são membros rotativos do conselho e, além de um "cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza", solicitava ao Hamas a libertação rápida de todos os reféns ainda detidos pelo movimento palestino.
Além disso, o documento incentiva Israel a suspender todas as restrições à entrada de ajuda humanitária no enclave e ainda garantir a distribuição de itens básicos sem impedimentos à população civil.
Em junho, outro rascunho com as mesmas solicitações também foi vetado pelos Estados Unidos, ocasião em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou sua decepção com a falha da resolução.
Na ocasião, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, afirmou que Washington se opôs ao texto por ele não condenar o Hamas e nem exigir sua saída de Gaza. A resolução tampouco condenava o ataque-surpresa de 7 de outubro de 2023, de autoria do movimento palestino, que deixou mais de mil mortos em Israel, acrescentou.
Conferência da ONU sobre a Palestina
Em meio à Assembleia Geral da ONU na próxima semana, a entidade realiza uma conferência da sobre a resolução do conflito no Oriente Médio e as perspectivas de reconhecimento do Estado da Palestina, em que os EUA já anunciaram que não vão comparecer. A presidência do encontro é de França e Arábia Saudita.
O representante do movimento Fatah, Jamal Nazzal, chegou a declarar à Sputnik que a recusa não terá impacto, já que o país nunca foi considerado um mediador "imparcial nessa questão".
"O número de países que reconhecem a Palestina continuará a crescer, mas esse não é o único critério relevante para o sucesso da conferência. A principal importância política do evento está na reinserção da questão palestina na agenda internacional por meio de uma solução política", acrescentou à época.
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