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FAESC apoia PL que visa permitir o manejo sustentável da Araucária
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) manifesta apoio ao Projeto de Lei nº 4575/2025, protocolado pela deputada federal Carol De Toni (PL-SC), que autorizar o manejo sustentável da araucária — espécie símbolo do Sul do Brasil, também conhecida como pinheiro-do-paraná. A iniciativa busca conciliar a conservação ambiental com o uso produtivo da espécie, assegurando segurança jurídica aos produtores rurais e fortalecendo cadeias econômicas relacionadas à madeira de plantio, ao pinhão e a sistemas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
“Estamos juntos nesta iniciativa essencial para garantir segurança jurídica, valorização das propriedades e reconhecimento das práticas sustentáveis”, destaca o vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo.
O dirigente confirma que a situação da araucária em Santa Catarina é crítica e ressalta que essa é uma preocupação que vinha sendo discutida há algum tempo pelo setor produtivo. Segundo ele, o PL 4575/2025 é fundamental para fortalecer a proteção e o manejo sustentável da espécie, que possui grande relevância ambiental, além de gerar renda por meio da produção de pinhão, da exploração legal e planejada da madeira e do turismo regional. “A araucária também é um símbolo da cultura catarinense e da região Sul do País. Nossas expectativas são positivas em relação a esta importante medida”, afirma.
Integrante do bioma Mata Atlântica, a araucária presta serviços ambientais fundamentais, como conservação do solo, retenção de água e manutenção da biodiversidade. Apesar de sua relevância, está classificada como “em perigo de extinção” pela Portaria MMA nº 148/2022. Para a deputada Carol De Toni, a legislação atual, que praticamente proíbe o manejo, desestimula os produtores a conservar ou plantar araucárias em suas propriedades. “Hoje, quem preserva a araucária é penalizado pela burocracia. Nosso projeto inverte essa lógica: transforma o manejo sustentável em incentivo à conservação ativa”, afirma a deputada.
CONFIRA O QUE PREVÊ O PROJETO
O projeto prevê que o manejo da araucária poderá ser feito de forma simplificada e sem tanta burocracia em diferentes situações: nos plantios comerciais já cadastrados, em áreas rurais que já foram modificadas pelo homem — como lavouras e pastagens —, em sistemas agroflorestais e em projetos de recuperação ambiental. Para isso, será preciso apresentar um plano técnico simples, com envio ao órgão ambiental, que terá até 90 dias para dar uma resposta. Se não houver manifestação nesse prazo, o plano será automaticamente considerado aprovado. O texto também deixa claro que não será permitido cortar araucárias em áreas de preservação permanente ou em reservas legais com vegetação nativa preservada. Além disso, o projeto cria um programa de incentivo ao plantio e ao manejo sustentável, oferecendo linhas de crédito rural, apoio à certificação de produtos e prioridade em assistência técnica.
Com essa iniciativa, a expectativa é garantir a conservação ativa da araucária, valorizando-a tanto pelo seu valor ambiental quanto como fonte de renda para o produtor rural. A proposta busca dar segurança jurídica a quem deseja plantar ou manejar a espécie de forma correta, além de estimular o desenvolvimento sustentável no Sul do país, com geração de emprego, renda e abertura de novos mercados.
Segundo Carol De Toni, o projeto busca transformar a araucária de um símbolo ameaçado em exemplo de conservação aliada à produção rural responsável. “Não se trata de permitir o desmatamento, mas de dar condições para que produtores sejam parceiros na preservação. A araucária só terá futuro se o manejo sustentável for viável, lucrativo e legal”, concluiu a parlamentar.
*Com informações da Assessoria da deputada Carol De Toni
Foto 03 – O vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo confirma que a situação da araucária em Santa Catarina é crítica e ressalta que essa é uma preocupação que vinha sendo discutida há algum tempo pelo setor produtivo. (Foto Divulgação)
Iniciativas inovadoras de liderança são destaques no 3º Encontro Estadual do CNA Jovem em SC
A apresentação de iniciativas inovadoras de liderança em diferentes segmentos do agronegócio marcou o 3º Encontro Estadual da 6ª edição do Programa CNA Jovem, realizado no último fim de semana (13 e 14/09), em Florianópolis. Promovido pelo Sistema CNA/Senar, em parceria com o Sistema Faesc/Senar e os Sindicatos Rurais, o evento encerrou uma jornada de desafios voltados à implementação de tecnologias, à inovação e ao fortalecimento da liderança jovem no setor.
A programação contou com a presença do presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo, que acompanhou a apresentação das iniciativas desenvolvidas pelos participantes. Durante o evento, ele reforçou o compromisso da entidade com a formação de novas lideranças e enalteceu as propostas apresentadas pelos jovens. “Vocês demonstraram, de forma clara, a relevância deste programa para despertar o protagonismo da juventude rural e impulsionar o desenvolvimento do campo”, afirmou.
A assessora técnica da Diretoria de Educação Profissional (DEP) do Senar e coordenadora nacional do programa, Fernanda Jackeline A.P. Nonato, avaliou positivamente a etapa estadual do CNA Jovem em Santa Catarina. Segundo ela, o evento reuniu jovens líderes do agro comprometidos em apresentar propostas inovadoras capazes de melhorar a vida dos produtores rurais e agregar valor ao setor.
Fernanda destacou ainda que, após 300 horas de atividades, os participantes saem preparados para liderar transformações em suas comunidades e impulsionar o desenvolvimento do agronegócio catarinense. “Parabéns, Santa Catarina! Foi um trabalho incrível e esperamos os jovens catarinenses na trilha nacional, em Brasília, para recebê-los e integrá-los ao grupo de líderes do agro de todo o Brasil”, afirmou.
Também participou do evento o vice-presidente da Faesc, Clemerson Argenton Pedrozo, que destacou a importância do desenvolvimento de novas lideranças como fator decisivo para assegurar inovação, renovação de ideias e continuidade das conquistas do setor. “Temos plena convicção de que as mudanças desejadas para o Sistema e para o agronegócio passam, necessariamente, pela juventude. No futuro, caberá às novas gerações assumir o papel de liderar, dar voz ao campo e garantir que o agronegócio continue sendo um dos pilares do desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina e do Brasil”.
SAIBA COMO FOI O EVENTO
As atividades foram conduzidas pela coordenadora estadual do programa, Francine Iagher, e pelos instrutores Erno Menzel e Fernando Schneider. A programação contou, ainda, com palestra da mentora do Senar Nacional junto ao grupo catarinense do CNA Jovem, Juliana Krupp, que abordou o tema “Formas de comunicação”.
O encontro também teve um momento especial de integração, que oportunizou apresentação e degustação de produtos típicos de Santa Catarina. Cada participante trouxe um item representativo de sua região, transformando a atividade em uma “viagem gastronômica” pelo Estado. “Foi uma oportunidade de conhecer os sabores, as culturas, as histórias e as identidades que fortalecem a agropecuária”, ressaltou Francine.
A programação foi concluída com uma visita à sede do Sistema Faesc/Senar, onde os jovens foram recebidos pelo superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi. Além de apresentar a missão da instituição, Zanluchi ressaltou o papel decisivo da juventude para o futuro do setor agropecuário. Ele também reconheceu o potencial do grupo ao destacar o visível interesse e a qualidade das iniciativas apresentadas pelos participantes.
De acordo com Francine, o terceiro encontro encerrou-se com êxito. “Contamos com um grupo de jovens comprometidos, que apresentaram propostas excelentes para fortalecer o agronegócio em suas regiões. Agora, aguardamos o resultado com expectativa de levarmos o máximo de jovens possível para a trilha nacional, em Brasília”.
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