O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a noite internado no Hospital DF Star, em Brasília, após ser levado às pressas à unidade de saúde na tarde de terça-feira (16). De acordo com a equipe médica, ele apresentou queda de pressão arterial, vômitos, fortes dores e crises de soluço, quadro que chegou a comprometer sua respiração.

Bolsonaro permanece em observação, em dieta líquida e sob monitoramento da pressão arterial. Uma equipe de São Paulo que acompanha o político há anos foi acionada para Brasília e deve realizar novos exames nesta quarta-feira (17).

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, relatou que a situação chegou a ser grave: “O soluço foi aumentando até travar o diafragma dele. Ele teve um vômito a jato, com muita força, e ficou quase dez segundos sem respirar. O jeito que conseguiu respirar foi expelindo esse vômito, junto com tontura e pressão muito baixa”, afirmou.

Um boletim divulgado pelo médico Antônio Luiz Macedo Echenique confirmou o episódio de “pré-síncope e vômitos com queda da pressão arterial”.

O quadro clínico se soma a complicações recentes. No último domingo (14), boletim médico apontou que Bolsonaro apresenta anemia por deficiência de ferro e resquícios de pneumonia por broncoaspiração. Além disso, o ex-presidente retirou oito lesões de pele e recebeu reposição de ferro intravenosa.

A equipe médica recomenda o prosseguimento de tratamentos contra hipertensão e refluxo gastroesofágico, além de medidas preventivas contra novas broncoaspirações.

Aliados demonstraram preocupação com a internação. O deputado Evair de Melo (PP-ES), que esteve no hospital, disse não acreditar que se trate de um episódio simples. “Tudo indica que ele ficará internado por um tempo razoável”, avaliou.

Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, confirmou pelas redes sociais que ele foi medicado por via intravenosa e submetido a exames.