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Família de Ana Beatriz apresenta novas provas em audiência sobre morte da adolescente

Parentes revelam existência de pasta virtual com prints de ameaças e questionam participação de outras pessoas no crime em Guaxuma

12/09/2025
Família de Ana Beatriz apresenta novas provas em audiência sobre morte da adolescente
Ana Beatriz

A primeira audiência de instrução do caso que apura a morte da adolescente Ana Beatriz Moura, de 15 anos, realizada nesta quinta-feira (11), trouxe novos elementos que podem mudar os rumos das investigações. A jovem foi encontrada morta em maio deste ano, em uma área de difícil acesso, no bairro de Guaxuma, em Maceió.

Durante o depoimento, familiares revelaram que a vítima mantinha uma pasta trancada no Google, onde havia armazenado capturas de tela de conversas, prints de localização em tempo real e supostas ameaças. O material foi acessado apenas após a morte da adolescente.

Em entrevista à TV Pajuçara, a prima da vítima, Jacielle Moura, afirmou que entre os registros estavam mensagens atribuídas à esposa do principal suspeito, já preso preventivamente. “Encontramos, sim, ameaças da esposa. A Bia tinha deixado várias coisas em uma pasta trancada do Google, fotos com vários prints”, relatou.

Jacielle detalhou ainda que um dos prints mostrava mensagens enviadas por números vinculados à mulher do acusado, em tom de ameaça. “Ela era bloqueada, mas lá mostrava-se o nome dela em alguns números, falando: ‘Você sabe, sim, o que você merece’. Era por ciúmes do esposo”, disse.

Apesar da denúncia da família, a delegada responsável pelo caso, Talita Aquino, já havia afirmado anteriormente que não existem indícios da participação da esposa no crime, embora reconheça que poderia haver desavenças entre ela e a adolescente.

A família também voltou a questionar se o crime teria sido cometido apenas pelo suspeito preso. O corpo de Ana Beatriz foi encontrado em uma fossa coberta por cimento, e os parentes acreditam que outras pessoas possam ter participado da ação. “A Bia era alta, fortinha, tinha conhecimento de defesa. Ele não faria isso sozinho”, destacou Jacielle, mencionando ainda uma ligação feita pelo acusado a um homem de um povoado próximo.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil de Alagoas, que deve analisar as novas informações apresentadas. Enquanto isso, os familiares de Ana Beatriz pedem que novas linhas de apuração sejam consideradas diante das provas descobertas.