O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes esclareceu, nesta segunda-feira (21), o alcance da proibição de uso de redes sociais pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada na semana passada. Segundo o magistrado, a medida cautelar também inclui transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer plataforma de rede social em contas de terceiros, sob pena de imediata decretação da prisão preventiva.

A medida foi determinada após Bolsonaro publicar nas redes links de entrevistas concedidas nos últimos dias à imprensa.

Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado do PL de São Paulo, são investigados por obstrução à justiça, coação no curso do processo legal e atentado à soberania nacional. Segundo a Polícia Federal (PF), os dois vêm atuando junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos, com o intuito de obter a imposição de sanções e medidas de retaliação contra o Brasil e ministros do STF, além de tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista de 8 de janeiro.

Medidas cautelares

Na sexta-feira (18), o STF impôs medidas cautelares contra Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica e a se recolher em casa durante a noite nos dias úteis e em tempo integral aos fins de semana e feriados. O ex-presidente também está proibido de manter contato com o filho Eduardo, com embaixadores e de se aproximar de embaixadas.

Antes da divulgação da decisão de Moraes, o ex-presidente cancelou, nesta segunda, uma entrevista marcada para o portal Metrópoles, que seria transmitida ao vivo pelo YouTube.

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