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Protesto contra leilão de linhas da CPTM termina em confronto com a polícia e 3 detidos

Um protesto contrário à concessão das linhas da CPTM à iniciativa privada terminou em tumulto e confronto com a Polícia Militar. Três manifestantes foram detidos no início da tarde desta quinta-feira, 27. O ato ocorreu na sede da Secretaria de Transportes Metropolitanos do governo, no centro de São Paulo.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram agentes do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) atingindo manifestantes com cassetetes e usando bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Nas imagens, é possível ver pessoas sangrando.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado disse que, por volta das 13 horas, houve tentativa de invasão de um prédio público. "A polícia interveio e três pessoas foram detidas". Os manifestantes seguiram pela Rua Florêncio de Abreu em direção à Praça da República. Na sequência, a Rua Boa Vista, que chegou a ser bloqueada, foi liberada.
A SSP diz que a PM analisa as imagens da manifestação e, se encontrar irregularidades, tomará as devidas providências. "A instituição reforça que não compactua com desvios de conduta e todos os excessos são punidos com rigor", completou a pasta, no comunicado.
Em nota, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirma que o projeto de concessão das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade "tem como objetivo ampliar a oferta de transporte público de qualidade" e "modernizar" a operação. O leilão, que será realizado nesta sexta-feira, 28, na B3, prevê investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos da futura concessão.
Os funcionários das três linhas da CPTM chegaram a anunciar greve esta semana, mas desistiram da paralisação após audiência na Justiça do Trabalho.
A PPP é aberta a concorrentes individuais e em consórcio, nacionais e estrangeiros. Dentre as propostas confirmadas, estão uma do Grupo Comporte, parte do consórcio responsável pelo futuro Trem Intercidades (até Campinas) e outra do Grupo CCR, o mesmo da ViaMobilidade (que responde hoje pelas linhas 5-Lilás, 8-Diamante, 9-Esmeralda e futura 17-Ouro).
As linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda são operadas pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022. Ao longo dos últimos anos, porém, ambas registraram falhas e o Ministério Público de São Paulo recomendou que o contrato fosse rompido.
Em agosto de 2023, a concessionária assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP se comprometendo a implementar melhorias.
Em nota, a ViaMobilidade diz ter feito investimentos em melhorias e que a qualidade do serviço foi reconhecida em pesquisa de satisfação. "Vem investindo continuamente na modernização e na melhoria de sua infraestrutura metroferroviária e na capacitação dos seus colaboradores", com R$ 4,1 bilhões em investimentos.
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