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Quem é a delegada suspeita de envolvimento com o tráfico em SP

A delegada titular do 77º Distrito Policial (Santa Cecília), Maria Cecília Castro Dias, foi afastada de suas funções na última sexta-feira, 7, após decisão judicial. Conforme o portal Metrópoles, ela seria suspeita de envolvimento em uma espécie de quadrilha formada policiais civis para desviar cargas de drogas e, posteriormente, vendê-las a traficantes. Procurada, ela não se manifestou.
Quatro policiais são alvos da operação, conduzida pela Corregedoria da Polícia Civil, que apura o esquema. Além da delegada, outros dois policiais foram afastados judicialmente.
Em nota enviada à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) afirmou que a "Polícia Civil não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos da instituição". Já o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) disse que não passaria mais detalhes, uma vez que o processo está sob segredo de Justiça.
Maria Cecília Castro Dias era titular do 77º DP, subordinado à 1ª Seccional. A unidade, com atuação na região central, é conhecido por atuar para coibir crimes patrimoniais na região (como roubos e furtos) e possíveis esquemas relacionados à Cracolândia, como tráfico de drogas. Hoje, o fluxo de usuários de droga ocupa a Rua dos Protestantes, nos arredores da Estação da Luz.
Delegada especial de primeira classe, ela recebe salário mensal de 30.232,08, segundo atualização mais recente do Portal da Transparência.
Antes, até pelo menos o começo do ano passado, a delegada era titular do 2º Distrito Policial (Bom Retiro). Em uma das ações lideradas por ela, em janeiro do ano passado, a Polícia Civil prendeu em flagrante um grupo de 31 pessoas, com idades entre 18 e 51 anos, suspeitas de falsificar garrafas de cerveja em uma fábrica clandestina no bairro Jardim Ângela, zona sul da capital paulista.
"Era uma verdadeira linha de produção, eram bem organizados", disse ao Estadão, na época, a delegada Maria Cecília. Segundo ela, o grupo adquiria garrafas de uma marca mais barata, por cerca de R$ 1,30 cada, e alterava o rótulo e a tampinha para que revender como se fossem de marcas líderes no mercado. Ao todo, 683 caixas de cerveja foram apreendidas.
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