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Dengue: Brasil registra alta de 3.500% na venda de repelentes
Procura em plataforma online acompanha explosão de casos, que cresceram 344% nos três primeiros de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado
A plataforma online Consulta Remédios (CR), segundo maior marketplace do varejo farmacêutico do país, reunindo mais três mil drogarias pelo Brasil, detectou um aumento superior a 3.500% na venda de repelentes em março de 2024 em comparação ao mesmo mês no ano passado. O aumento acompanha a alta histórica da dengue no país.
“O levantamento considerou os dados de buscas e vendas do mês de março de 2023 em comparação com o mesmo mês deste ano, que teve mais de 37 mil buscas pelo produto. Já no que diz respeito às vendas, em março de 2023 foram apenas 65 vendas de repelentes, enquanto no mesmo mês de 2024 foram realizadas mais de 2.300 vendas, uma variação que chega a 3.526%”, explica a farmacêutica da plataforma Rafaela Sarturi, em comunicado.
O monitoramento da CR constatou ainda que, entre os estados que mais compram repelentes na plataforma, estão os do Sudeste, que concentram cerca de 81% das vendas. Em, seguida, os estados do Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O levantamento também analisou o preço do produto e observou que há uma grande variação entre os itens ofertados, com preços que vão de R$ 17 a R$ 75.
“Quando um produto começa a ser muito procurado é natural que os preços subam. Por isso, é essencial que as pessoas pesquisem porque faz toda a diferença. É claro que também existem produtos e produtos, com especificidades diferentes e para peles e públicos diferenciados. Hoje a oferta é bem grande”, afirma Rafaela.
Ela dá ainda dicas de como escolher o melhor repelente: “o primeiro ponto a se observar e pesquisar é se o repelente é regulamentado pela Anvisa, isso é muito importante, pois estamos falando de um produto com substâncias químicas a serem aplicadas e absorvidas pela pele, então, a regularização é fundamental”.
“Ainda, o ideal, quando se fala de mosquito da dengue, é buscar repelentes que contenham ou Icaridina, princípio ativo derivado da pimenta, ou ainda DEET ou IR3535, substâncias que garantem mais eficácia contra a picada do mosquito”, complementa a farmacêutica.
Segundo o último informe semanal sobre os casos da arbovirose no país, divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, o Brasil registrou 2,62 milhões de casos de dengue até o dia 30 de março. O número é 344% superior que o contabilizado no mesmo período do ano passado e já ultrapassa por inteiro até mesmo o pior ano da série histórica mantida pela pasta: 2015, quando foi 1,68 milhão de diagnósticos.
Em relação às mortes, há 991 confirmadas até agora e outras 1.483 em análise. O documento do ministério mostra ainda que 10 estados (AC, AP, GO, ES, MG, PR, RJ, RS, SC e SP) e o DF, além de 465 municípios, decretaram emergência pelo avanço da doença.
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