Tocando no meio da tarde em um dia com foco menor no rock, os ingleses do Nothing But Thieves subiram ao palco Budweiser do Lollapalooza neste domingo longe de atrair as maiores expectativas — muito embora houvesse um punhado de fãs próximos à grade acompanhando cada verso do carismático vocalista Conor Mason.

Lollapalooza: Titãs dão aula de como bandas devem se comportar em um festival

Atração inesperada: lateral Marcelo dá 'canja' em show do Thirty Seconds to Mars no Lollapalooza

A capacidade vocal de Mason é o que mais impressiona na sonoridade da banda, que ao longo de sua ainda curta trajetória (o grupo se formou em 2012), experimentou fórmulas variadas entre o rock alternativo e um indie mais dançante, caso da faixa que abriu a apresentação no Autódromo de Interlagos: “Welcome to the DCC”, do álbum mais recente Dead Club City (2023).

Apesar de estar já em sua segunda passagem pelo Brasil, o Nothing But Thieves fez um show de apresentação, com a cara de quem entrega seu currículo para uma vaga de emprego à qual não contou com indicação.

Os trabalhos do álbum mais novo foram bem entremeados por músicas já mais estabelecidas do grupo, como “Trip Switch” e “Sorry” — a mais memorável e comercial da banda.

Em “Amsterdam”, Nothing But Thieves dá mostras de que é um bom expoente da nova geração do rock britânico, selo que já coube a sucessos bem maiores como Muse, Arctic Monkeys e Oasis — para citar apenas destaques das últimas décadas, sem apelar para nomes muito maiores.

Mason prometeu ao público do Lollapalooza retornar em breve ao Brasil. É seguro dizer que seu grupo fez em São Paulo o suficiente para levar na bagagem de volta a Essex alguns fãs extras.