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Com oito candidatos alianças políticas deixam disputa mais equilibrada em Maceió

15/09/2020
Com oito candidatos alianças políticas deixam disputa mais equilibrada em Maceió

João Henrique Caldas (PSB), Aldredo Gaspar de Mendonça (MDB), Cícero Almeida (DC), Davi Davino (PP), Lenilda Luna (UP), Valéria Correia (Psol), Corinto Campelo (PMN) e Cícero Filho (PcdoB) são os postulantes

Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), João Henrique Caldas (PSB), Davi Davino (PP), Cícero Almeida (DC), Cícero Filho (PCdoB), Lenilda Luna (UP), Valéria Correia (PSol) e Corinto Campelo (PMN).

A eleição promete ser acirrada e deverá começar a esquentar após as convenções que serão encerradas na quarta-feira, 16.

Em entrevista exclusiva à Tribuna do Sertão, o analista político Marcelo Bastos falou das possíveis alianças partidárias visando à prefeitura de Maceió entre os principais candidatos e os partidos de menor expressão no pleito desse ano, que estão sendo definidas até o dia 16 do corrente mês nas convenções partidárias, segundo determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Conforme o analista político, a eleição em Maceió estava fria, porém a decisão do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) de apoiar o deputado federal JHC (PSB) mudou totalmente os rumos do pleito, onde ele era um dos candidatos e estava na terceira colocação entre os citados pelas pessoas questionadas, por algumas pesquisas realizadas anteriormente. “A aliança do PDT local é fruto da determinação do diretório nacional do partido, que está junto com o PSB em vários estados num amplo acordo e isso representa um projeto político maior visando às eleições gerais daqui a dois anos, ou seja, no ano de 2022- sendo assim o ex-governador Ronaldo Lessa estava com dificuldades de agregar outros partidos a sua pré-candidatura e foi especulado que iria se coligar ao PROS do senador Fernando Collor de Mello, assim como também vinha com dificuldade de angariar recursos financeiros para a sua campanha, o que contribuiu de forma decisiva para a sua mudança de planos. Contudo, não tem como mensurar nesse momento se essa aliança na capital alagoana trará efeitos benéficos a ambos, pois a fase final de convenções está sendo concretizada e não foi realizada nenhuma pesquisa até o momento para verificar qual candidato herdará os votos de Ronaldo”, contou.

Sobre a candidatura do ex-prefeito Cícero Almeida (Democrata Cristão), que se aliou ao PTB do experiente deputado estadual Antônio Albuquerque, Bastos afirmou que isso fará a campanha dele ter estrutura midiática e financeira, fora isso vem sendo especulada uma possível aliança com o senador Fernando Collor de Mello (PROS). “Almeida terá mais tempo no guia eleitoral na televisão e no rádio, assim como garante a realização de um segundo turno para a capital alagoana no pleito desse ano”, afirmou.
Já sobre a candidatura do deputado estadual Davi Davino Filho (PP), Marcelo Bastos lembra que o seu ciclo de alianças é bastante consistente. “Davi tem apoio do Solidariedade do presidente da Assembleia Legislativa, do Republicanos do deputado federal Severino Pessoa, do Cidadania do ex-deputado federal Régis Cavalcante, do PSL do deputado estadual Cabo Bebeto que tem o segundo maior tempo no guia eleitoral e do Democratas do ex-vice-governador José Thomaz Nonô, o que fará ter o maior tempo no guia eleitoral, o qual ainda é um importante instrumento de convencimento perante o eleitorado, junto com as redes sociais, por conta da atual pandemia do Coronavírus”, destacou.

Ainda segundo Marcelo Bastos, a candidatura do ex-Procurador Geral de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), não pode ser menosprezada, pois tem o apoio da máquina estadual e municipal, o que lhe garante uma excelente estrutura para a atual campanha. “Alfredo conseguiu a proeza de unir o atual prefeito de Maceió Rui Palmeira (PSDB) e o atual governador do estado Renan Filho (MDB), o que lhe assegura total estrutura para enfrentar os seus adversários”, ressaltou.

A eleição desse ano está bastante disputada e totalmente imprevisível, mas no atual momento, o pré-candidato JHC (PSB) está em ligeira vantagem, podendo mudar ou não esse quadro durante a caminhada.

Por fim o analista político acredita que os partidos menores (PMN, PCdoB, UP e Psol com os candidatos Corinto Campelo, Cícero Filho, Lenilda Luna e Valéria Correia) terão dificuldades para se apresentarem para o eleitorado. “Os recursos do fundo partidário para as agremiações menores são bem escassos e isso dificulta a sua aproximação para com o eleitorado em todos os níveis”, pontuou.