Finanças
Inflação de novembro é a menor para o mês desde 2018, aponta IBGE
No acumulado em 12 meses, IPCA registra 4,46% e permanece dentro do teto da meta do CMN
A inflação oficial do país subiu 0,18% em novembro, após uma alta de 0,09% em outubro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10). O resultado ficou levemente abaixo da expectativa dos economistas, que projetavam 0,19%, e representa o menor índice para um mês de novembro desde 2018, quando houve variação de -0,21%.
No acumulado de 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,46%, marcando a primeira vez desde setembro de 2024 que o indicador permanece abaixo de 4,5% — dentro do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O grupo de alimentação, especialmente alimentação no domicílio, foi o principal responsável por conter a inflação, com destaque para quedas expressivas em itens como o tomate. O índice só não foi menor devido à alta dos preços das passagens aéreas.
O cenário é considerado positivo para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pois reforça a confiança na política monetária e reduz a possibilidade de necessidade de envio de carta de descumprimento da meta ao final do ano.
Apesar do comportamento mais favorável da inflação, especialistas acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne nesta quarta-feira, deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15%.
Alimentos contribuem para desaceleração
Enquanto as passagens aéreas lideraram as altas em novembro, com avanço de 11,9%, o grupo de alimentos e bebidas voltou a registrar variação negativa, de -0,01%, considerada estabilidade estatística. Após quedas entre junho e setembro, o grupo havia subido 0,01% em outubro.
A alimentação no domicílio manteve a trajetória de queda, atingindo -0,20% em novembro, após recuo de 0,16% no mês anterior. Produtos importantes para as famílias, como tomate (-10,38%) e arroz (-2,86%), tiveram quedas expressivas e ajudaram a segurar o índice.
“O cereal registrou uma trajetória de variações negativas ao longo de todo o ano de 2025, acumulando queda de 25%”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, ao comentar as reduções consecutivas no preço do arroz.
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