Finanças

Brasileiros têm quase R$ 10 bilhões esquecidos em bancos; veja como consultar

Mais de R$ 7,7 bilhões pertencem a 48.699.473 pessoas físicas, segundo o Banco Central

Agência O Globo - 09/12/2025
Brasileiros têm quase R$ 10 bilhões esquecidos em bancos; veja como consultar
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Mais de R$ 9,9 bilhões estão esquecidos em instituições financeiras de todo o país. O valor, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (dia), pertence a mais de 53,6 milhões de pessoas e empresas que ainda não resgataram valores disponíveis no sistema do órgão.

A maior parte do montante — mais de R$ 7,7 bilhões — está em nome de 48.699.473 pessoas físicas. Já os quase R$ 2,2 bilhões restantes pertencem a 4.902.942 pessoas jurídicas.

Desde o lançamento do programa Valores a Receber, em 2022, já foram devolvidos mais de R$ 12,6 bilhões. Considerando o que ainda está disponível, o total chega a R$ 22,5 bilhões.

A devolução dos valores é feita exclusivamente via chave Pix, cadastrada no momento da solicitação. Quem não possui chave Pix deve procurar a instituição financeira responsável para combinar outra forma de recebimento.

Como consultar

Para saber se você tem dinheiro esquecido, acesse o site oficial do Valores a Receber e informe o CPF e data de nascimento, ou CNPJ e data de abertura da empresa. A consulta é gratuita e não requer login na primeira etapa. Para solicitar o resgate, porém, é necessário ter uma Conta gov.br de nível prata ou ouro.

Resgate automático

Desde maio, o Banco Central oferece a opção de resgate automático para pessoas físicas que possuem conta gov.br de nível prata ou ouro e chave Pix do tipo CPF. Assim, o valor é creditado diretamente quando identificado, sem necessidade de consultas frequentes.

Instituições que não aderiram ao sistema automático ainda exigem solicitação manual, inclusive em casos de contas conjuntas.

Para aumentar a segurança e prevenir fraudes, o BC reforçou o sistema, que agora exige autenticação em duas etapas e validação facial pelo aplicativo gov.br. O órgão alerta que não envia links por e-mail, SMS ou redes sociais — o único endereço válido é o site oficial do Banco Central.