Finanças
Após anunciar CNH mais barata, Lula planeja facilitar financiamento de motos para entregadores
Busca por crédito para trabalhadores está na mesa do presidente há pelo menos quatro meses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo busca alternativas para criar um programa de financiamento específico de motocicletas para entregadores de aplicativos. Segundo Lula, essa é a próxima iniciativa voltada ao segmento, após o lançamento das novas regras para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que podem reduzir em até 80% o custo do documento.
— Ainda falta uma coisa a fazer, que ainda não conseguimos concluir. Queremos baratear o financiamento de uma moto para que os entregadores tenham direito à própria motocicleta, de preferência elétrica, para economizar na emissão de gases de efeito estufa — declarou Lula durante a cerimônia de lançamento da CNH mais acessível, nesta terça-feira, no Palácio do Planalto.
O presidente informou que ministros e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, estão envolvidos no desenvolvimento do projeto.
— Esse é o nosso próximo compromisso. Não sei se conseguiremos anunciar até o final do ano, mas estamos trabalhando para isso — acrescentou Lula.
A discussão sobre linhas de crédito para financiar motocicletas está na pauta do governo há pelo menos quatro meses. Em setembro, Lula recebeu no Palácio do Planalto o bilionário chinês Will Wei Cheng, fundador e presidente da Didi, controladora da 99.
Na ocasião, Wang informou a Lula que a empresa desenvolve uma moto elétrica em parceria com a marca chinesa Yadea, voltada para entregadores de delivery no Brasil. A Yadea inaugurou neste ano uma fábrica em Manaus, onde o modelo Keeness, montado no país, tem preço estimado em R$ 29 mil.
O executivo também anunciou que a 99, por meio de parcerias, oferecerá linhas de crédito que somam R$ 6 bilhões para motociclistas da plataforma, visando a aquisição e o aluguel de motos e bicicletas elétricas. A empresa já mantém iniciativas semelhantes em mercados como México e Colômbia.
Os movimentos do setor privado têm sido acompanhados de perto pelo governo e considerados na formulação da nova política pública, que ainda não tem data prevista para ser anunciada.
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