O Brasil registrou a criação de 85.147 vagas formais de trabalho em outubro, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado, divulgado nesta segunda-feira, ficou bem abaixo das expectativas do mercado, que estimavam um saldo líquido próximo de 120 mil postos. Trata-se do pior desempenho para o mês de outubro desde que o Novo Caged passou a ser utilizado para a comparação dos dados.

No período, foram contabilizadas 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos. O saldo representa uma queda significativa em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 213.002 vagas formais.

No acumulado de 12 meses, de novembro de 2024 a outubro de 2025, o saldo é de 1.351.832 vagas criadas — número inferior ao registrado no período anterior, de novembro de 2023 a outubro de 2024, quando foram abertas 1.796.543 vagas. Já no acumulado de janeiro a outubro deste ano, o saldo chega a 1.800.650 vagas.

Os dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistema do governo federal que monitora as admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada. O Caged é considerado um dos principais indicadores do mercado de trabalho brasileiro e serve de base para políticas públicas do setor.

Desempenho por setor

Em outubro, apenas dois grandes setores econômicos apresentaram saldo positivo na geração de empregos: serviços, com 82.436 novos postos, e comércio, com 25.592 vagas.

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão para os trabalhadores contratados em outubro foi de R$ 2.304,31, um aumento de R$ 17,28 (+0,8%) em relação a setembro (R$ 2.287,02). Na comparação com outubro de 2024, o ganho real foi de R$ 54,45 (+2,4%).