Daniel Alves foi jogador do São Paulo entre 2019 e 2021, período em que o clube não honrou com seus compromissos financeiros com o atleta. O lateral cobrou uma dívida de R$ 50 milhões do clube na Câmara Arbitral da CBF, processo que terminou em acordo. O jogador aceitou receber R$ 24 milhões.

A partir de janeiro 2022, o São Paulo passou a pagar prestações mensais de R$ 400 mil que só vencem em dezembro de 2026. Com isso, contando até este mês, o atleta já recebeu do clube o total de R$ 5,2 milhões. Faltam ainda R$ 18,8 milhões.

Apesar disso, Daniel tem tido dificuldades para lidar com seu dinheiro. Beneficiado com a liberdade condicional, o atleta ainda não saiu da cadeia porque não pagou a fiança de 1 milhão de euros estabelecida pela Justiça espanhola.

Essa valor que ele recebe mensalmente do São Paulo, por exemplo, não cai integralmente em sua conta. Daniel responde a um processo movido por sua ex-esposa por causa de pensão alimentícia dos dois filhos que tiveram juntos e 30% desse valor está bloqueado. Parte de seus rendimentos na Espanha também estão bloqueado pelo mesmo motivo.

Contratação frustrante

O salário de Daniel no Morumbi era de cerca de R$ 1,5 milhão por mês, e o contrato original duraria até o final de 2022. Com a decisão, a gestão do presidente Julio Casares, que pagou os direitos trabalhistas, projetou gastar cerca de R$ 27 milhões a menos. No entanto, sua contratação havia sido na gestão de Leco, o antecessor no cargo.

Havia a promessa de que investidores privados ajudariam o tricolor a pagar os vencimentos do jogador, mas isso nunca aconteceu. No mais, sua passagem pelo São Paulo, onde foi apresentado com direito a 40 mil pessoas no estádio tricolor, foi marcada por decepção em campo.