Foi por muito pouco. O Brasil ficou muito perto de conquistar sua primeira medalha em um Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica neste domingo, em Valência (Espanha). O conjunto do Brasil beliscou o pódio na final dos cinco arcos, terminando em quarto lugar com 35.850, a mesma nota da Itália. Essa é a maior nota do ano das brasileiras.

Mas como as italianas tinham nota de execução maior, ficaram no terceiro posto e a medalha de bronze. As campeãs foram as chinesas, com 36.550, seguidas pelas espanholas, com 36.100.

A composição da pontuação das italianas foi: 8,600 em dificuldade e 7,750 em execução. Das brasileiras, 8,250 de dificuldade e 7,350 de execução. Assim, o Brasil apresentou uma série mais difícil, mas foi inferior na execução.

No ano passado, as brasileiras também haviam ficado em quarto lugar na mesma prova. O conjunto do Brasil teve Duda Arakaki, Deborah Medrado, Sofia Madeira, Nicole Pircio, Giovanna Silva e Bárbara Galvão.

Até a oitava e última apresentação, o Brasil figurava em terceiro. Mas eram as donas da casa, que foram muito bem e acabaram premiandas com 36,100, levando a prata, deixando a Itália com o bronze e o Brasil em quarto lugar.

Além do quarto lugar na final dos cinco arcos, a seleção do conjunto do Brasil se despediu do Mundial com a vaga para a Olimpíada de Paris assegurada. Na série mista, o Brasil ficou fora da final, em 11º. E, no geral, acabou em sexto.

— A sensação é de missão cumprida. Fizemos a nossa parte, da melhor forma possível. E no dia a dia, não apenas aqui na Espanha. É um trabalho de longo prazo cujo objetivo final está lá em Paris — disse Camila Ferezin, a técnica do conjunto. — Seguimos trabalhando, satisfeitas com tudo que fizemos e indignadas com o resultado. Eu acho que a gente merecia este pódio, mas ele não veio agora. Empatamos e o desempate foi na execução. Era para a gente estar lá no pódio merecidamente. Vamos trabalhar para o pódio chegar em 2024.

A ginástica ainda disputará o Sul-americano e os Jogos Pan-americanos em 2023.