Esportes
Fluminense afirma que fechamento do Maracanã decorre 'exclusivamente' dos danos causados pela realização de Vasco x Atlético-MG
Estádio ficará sem receber jogos por período indeterminado a partir do dia 26 de agosto
Após o Maracanã anunciar que ficará sem receber jogos por período indeterminado para recuperar o campo, o Fluminense se manifestou de forma oficial. Segundo o tricolor, um dos administradores do estádio ao lado do Flamengo, a medida tomada decorre "exclusivamente dos severos danos infligidos ao gramado em razão da realização do jogo entre Vasco e Atlético-MG".
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O clube também critica a atuação do desembargador Nagib Slaibi Filho, quem atendeu o pedido do Vasco na Justiça e determinou a liberação do Maracanã para a realização da partida do último domingo. "A decisão foi proferida sem qualquer fundamento jurídico, seja de mérito ou processual", reclamou o Fluminense, acrescentando a queixa de que o magistrado não recebeu advogados do clube.
Em que pese as queixas de Fluminense e de Flamengo sobre a realização de Vasco x Atlético-MG, o fechamento do Maracanã ocorre num momento em que o estádio já recebeu 55 partidas em 222 dias, o que dá uma média de um jogo a cada quatro dias. O próprio tricolor reconhece em sua nota oficial que esta não é a primeira pausa no ano para recuperação do gramado.
A interdição do Maracanã para reparação do gramado, que começará após Flamengo x Internacional, no próximo sábado, pelo Brasileiro, durará no mínimo 20 dias. Este período abrange um jogo do rubro-negro (contra o Athletico, dia 13 de setembro) e um do Fluminense (contra o Fortaleza, no dia 3 do mesmo mês).
O Flamengo já procurou o Corinthians para levar seu compromisso para a Neo Quimica Arena. O rubro-negro confia em seu público fora do Rio para fazer dinheiro no estádio paulista. Mas ainda não teve resposta. O Fluminense, por sua vez, já solicitou à CBF a mudança de seu jogo para Volta Redonda. A entidade aceitou a troca.
Confira a nota abaixo, na íntegra:
"Como informado hoje mais cedo pelo Complexo Maracanã, será necessário realizar uma parada técnica a partir do dia 26/08 para a recuperação do gramado, com data ainda indefinida para a retomada das partidas no estádio.
Essa paralisação não estava prevista, decorrendo exclusivamente dos severos danos infligidos ao gramado em razão da realização do jogo entre Vasco e Atlético-MG, o que não surpreende a quem observa os fatos com realismo e respeita o conhecimento dos especialistas. As imagens exibidas durante a transmissão da partida não deixam dúvidas de que a opinião da empresa responsável pela manutenção do gramado estava fundamentada em razões estritamente técnicas e que se mostraram inquestionáveis. Não custa repetir: apesar dos altos investimentos feitos no estádio pela dupla Fla-Flu, existe uma dificuldade de manutenção do gramado em condições perfeitas devido a múltiplos fatores, inclusive climáticos, mas com preponderância absoluta da quantidade de partidas disputadas no estádio.
Em algumas oportunidades pretéritas, os próprios administradores do estádio já haviam deixado de disputar no Maracanã partidas das quais eram mandantes, suportando relevantes prejuízos financeiros, técnicos e desportivos, o que acontecerá uma vez mais em razão da nova parada.
A administração do estádio, baseada em laudos técnicos, vem advertindo reiteradamente que a realização de jogos em dias consecutivos compromete a qualidade do gramado e somente deve ocorrer em situações excepcionalíssimas. Absolutamente nada justifica a realização de um jogo a menos de 15 horas do encerramento do anterior, com previsão de chuva e todas as dificuldades operacionais de higiene e manutenção do equipamento público.
O lamaçal que se formou, principalmente na área situada no lado Norte do estádio, foi o legado da decisão monocrática proferida pelo Desembargador Nagib Slaibi Filho. O episódio já seria suficientemente grave não fosse por um detalhe ainda mais surpreendente: a decisão foi proferida sem qualquer fundamento jurídico, seja de mérito ou processual. Não era cabível a ação, não houve violação a qualquer garantia constitucional e o magistrado sequer se dignou a receber os advogados do Fluminense.
Demonstrados os imensos prejuízos causados pelo episódio, amplamente documentados na mídia especializada, o Fluminense confia que a Justiça recolocará a discussão no caminho do respeito à ciência, às opiniões técnicas abalizadas, e, no caso concreto, ao Código de Processo Civil e à jurisprudência do Tribunal."
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