Esportes
Adversário do Corinthians na Sul-Americana, Estudiantes alerta torcida: 'Gestos racistas são crime grave no Brasil'
Equipes se enfrentam pelas quartas de final do torneio continental nesta terça-feira na NeoQuímica Arena, às 21h30
Em meio aos frequentes casos de racismo cometidos durante as partidas da Libertadores e da Sul-Americana, o Estudiantes usou as redes sociais para publicar uma espécie de cartilha aos torcedores que irão à NeoQuímica Arena nesta terça-feira, às 21h30, para assistir ao primeiro jogo das quartas de final. As recomendações são do Ministério das Relações Exteriores da Argentina e incluem alertas para cantos e gestos racistas e xenofóbicos, além de pedir para evitar "qualquer desrespeito ao povo brasileiro".
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A cartilha contém informações práticas, como sugerir a contratação de um seguro de viagem, alertar para o consumo de drogas e indica o local que a torcida será escoltada pela polícia local para adentrar o estádio. Mas outras recomendações, que falam sobre as atitudes dos torcedores nas arquibancadas, chamam mais atenção. Confira:
Recomenda-se ter um comportamento correto durante o desenrolar da partida e não responder a provocações que possam surgir do preconceito local.
Sugere-se evitar qualquer tipo de desrespeito ao povo brasileiro.
Consta que no Brasil canções e gestos racistas/xenofóbicos constituem crime grave que acarreta penas de 3 a 6 anos de prisão.
É relatado que o uso de drogas é severamente punido no Brasil
De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, os casos de racismo nas competições da Conmebol saltaram de 12 para 18 em relação a 2022, e os torneios continentais ainda estão nas quartas de final. Desde 2014, Brasil e Argentina concentram a maior parte dos casos registrados, com 15 denúncias para cada lado, em um total de 51 casos.
"Temos um um crescimento de denúncias de racismo em competições sul-americanas principalmente ligadas a jogadores brasileiros. Isso se dá pelo debate que fazemos no Brasil. Se olharmos para o futebol brasileiro, as denúncias também aumentaram. Principalmente pela conscientização que temos aqui. Temos discutido muito o racismo na sociedade e essa conscientização se reflete no futebol. Temos jogadores e torcedores denunciando, todos mais atentos e entendendo que o racismo não é só insulto, xingamento. O torcedor brasileiro é mais atento", afirma Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório.
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