Esportes
Jogada ensaiada e desatenção na marcação: como a França marcou o gol da vitória sobre o Brasil
Equipe francesa priorizou movimentação antes do cruzamento e 'barreira' para deixar Renard em posição privilegiada
Aos 37 minutos do segundo tempo, Wendie Renard decidiu o jogo entre Brasil e França com gol de cabeça. Uma das principais características do ataque francês, a bola aérea já era um perigo conhecido pela seleção brasileira, que teve falha de posicionamento na hora da cobrança de escanteio. As francesas tiveram mérito pela jogada ensaiada, com movimentação estratégica das jogadoras sem a bola. Entenda como saiu o gol:
Desatenção da zaga deixa Renard livre
Apesar de o Brasil povoar completamente a área no momento da cobrança do escanteio, com todas as jogadoras dentro da área, a seleção falhou justamente em deixar a principal jogadora em bola aérea da França livre. A marcação por linhas concentrou as brasileiras mais próximas à pequena área, o que sobrecarregou quem estava mais atrás.
Antes da cobrança, Antônia chega a apontar indicando que Renard não está marcada, mas não há mais tempo hábil para deslocar alguma jogadora para a posição. Quando estava em campo, Geyse era a responsável por acompanhar a movimentação da capitã.
A posição de Dali e Diani funciona como uma espécie de barreira para desviar a atenção das brasileiras e deixar Renard escapar sem marcação. Luana, Andressa Alves e Bia Zaneratto concentram as atenções na dupla, e Diani se movimenta bem para tentar se aproximar da bola, atraindo a marcação brasileira.
Andressa Alves perde na corrida
Enquanto Bia e Antônia se movimentam para fechar o espaço de Diani, Andressa Alves percebe a movimentação de Renard saindo do fundo. A meia Dali, postada entre Luana e Antônia no início do lance, recua e permite que a zagueira passe nas suas costas, tendo o caminho praticamente livre para avançar em direção à pequena área. Andressa tenta acompanhar, mas a demora no tempo de reação faz a diferença, e saindo atrasada, não consegue evitar o avanço da capitã francesa.
Tamires na linha do gol
Sem precisar pular, Renard cabeceou bem na diagonal, fazendo a bola quicar antes de ir para o canto esquerdo de Letícia. A goleira defendia a trave contrária, e Tamires representava a última proteção, na linha do gol. Com 1.61m de altura, a lateral é a defensora mais baixa da seleção brasileira, e não conseguiu pular o suficiente para desviar de cabeça e as francesas fizeram o gol da vitória.
Após a partida, Debinha lamentou a derrota e afirmou que a seleção brasileira realizou treinos para prevenir o perigo no lance que saiu o gol da vitória francesa.
— Elas tiveram a oportunidade que elas procuraram, a gente trabalhou isso, sabíamos que elas iam fazer aquela barreira ali e elas tiveram sucesso. A gente tem que prestar mais atenção nos pequenos detalhes, a gente sabia que seria decidido nos pequenos detalhes — avaliou.
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