Economia
Dirigente do BCE defende cautela em cortes de juros por núcleo de inflação e 'risco Trump'
Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Joachim Nagel defendeu nesta segunda-feira, 25, uma abordagem "cautelosa" na definição dos próximos passos da política monetária, diante da persistência do núcleo de inflação na zona do euro e dos riscos associados à gestão do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
"É importante permanecer cauteloso e afrouxar a política monetária apenas gradualmente, e não rapidamente demais", argumentou o dirigente, em discurso preparado para evento da International School of Management (ISM).
Nagel explicou que as projeções do BC da Alemanha, do qual é presidente, ainda não levam em conta as eventuais tarifas do governo Trump, já que ainda não houve anúncios concretos. No entanto, a postura protecionista dos EUA poderia pressionar o desempenho econômico e elevar a inflação na Europa, de acordo com o dirigente.
"O contínuo elevado núcleo de inflação, que exclui os voláteis preços dos produtos energéticos e dos produtos alimentares, também exige cautela", acrescentou ele, que também alerta para o risco de um arrefecimento mais lento do crescimento salarial.
De qualquer forma, Nagel assegurou que o BCE tomará uma decisão apenas em dezembro, com base nos dados disponíveis na ocasião. "O Conselho não está comprometido com uma trajetória específica para as taxas de juros. Decidimos de reunião em reunião como proceder", disse.
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