Economia
Queda do dólar por exterior é limitada por risco fiscal
O dólar recua ante o real no mercado á vista, acompanhando os juros dos Treasuries. O petróleo mostra fôlego bem curto, após três dias de fortes perdas. O mercado de câmbio segue atento também ao risco fiscal, que limita o alívio.
A equipe econômica espera que a agenda de revisão de gastos promova um corte de despesas em torno de R$ 30 bilhões a R$ 50 bilhões em 2025. As medidas serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o segundo turno das eleições municipais para, posteriormente, serem discutidas junto ao Congresso Nacional ainda este ano, segundo fontes.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse na terça-feira, 15, que a revisão de gastos que será apresentada ainda neste ano é "algo bem menor" do que o governo pretende fazer até o fim do mandato, mas pode abrir espaço fiscal de até R$ 20 bilhões no orçamento. Tebet garantiu que as regras do arcabouço fiscal serão mantidas.
No mercado, os analistas reclamam de falta de clareza e de senso de urgência de um plano abrangente de contenção da dívida pelo governo, e avaliam que isso distancia uma resolução do problema e atrapalha a montagem de posições compradas em ativos brasileiros.
Lá fora, há expectativas de que uma possível retaliação de Israel contra o Irã não atinja instalações petrolíferas. Também é esperada uma nova entrevista do governo chinês nesta quinta-feira (17) para anunciar novos estímulos ao setor imobiliário e, nos EUA, investidores têm consolidado as apostas em um corte menor de juros pelo Federal Reserve neste ano.
Os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale sobem 0,65%, a US$ 10,86, no pré-mercado de Nova York, após a empresa divulgar o seu relatório de produção e vendas referente ao terceiro trimestre. O minério de ferro fechou em queda de 1,88% em Dalian.
Nos EUA, o Morgan Stanley teve lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2024, maior do que o ganho de US$ 2,4 bilhões registrado no mesmo período no ano passado. O lucro por ação no período foi de US$ 1,88, acima de US$ 1,38 do ano anterior e da expectativa de analistas da FactSet, que esperavam US$ 1,59.
Na escassa agenda do dia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anuncia a decisão sobre o retorno do horário de verão neste ano no Brasil e um balanço das ações da "força-tarefa" para o restabelecimento da energia na região metropolitana de São Paulo (13h30). Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa em meio a expectativas de corte de juros na zona do euro amanhã.
Às 9h38 desta quarta-feira, 16, o dólar á vista caía 0,05%, a R$ 5,6543. O dólar para novembro subia 0,07%, a R$ 5,6640.
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