Economia
Governo vai ao STF por mais tempo para negociar participação no Conselho da Eletrobras
AGU pede prorrogação por 90 dias do prazo de negociação com a empresa. Pelo modelo de privatização, a União tem apenas um representante no colegiado
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta quarta-feira, ao ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prorrogação por 90 dias do prazo de negociação com a Eletrobras para ampliar a presença do governo no Conselho de Administração da companhia.
Campos Neto: Câmbio não deveria ser problema e intervenção não tem a ver com patamar do dólar
Mercado: Alta do juro nos Estados Unidos explica valorização do dólar no Brasil, diz economista
Segundo a AGU, a ampliação do prazo é necessária "diante da elevada complexidade da situação jurídica e dos diversos atores e interesses que precisam ser compatibilizados", no processo de mediação conduzido pelo ministro.
No ano passado, o governo ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade no STF questionando o trecho da lei que autorizou a privatização da Eletrobras e que proíbe acionistas de exercerem votos em número superior a 10%. Pelo modelo de privatização, o governo tem apenas um representante do colegiado.
Decisão: TRT-MG confirma demissão por justa causa de trabalhador que usou camisa do coronel Ustra
O governo alega que ainda detém mais de 40% das ações ordinárias da Eletrobras, mesmo após a privatização e quer maior participação no conselho da empresa.
"A ação foi proposta pela AGU em maio do ano passado com o propósito de assegurar o direito da União de votar, como acionista da Eletrobras, de forma proporcional à participação que o ente público detém no capital social da empresa", diz a AGU em nota.
Diante das pressões do governo, a Eletrobras já teria aceitado, segundo o colunista Lauro Jardim, ampliar o número de representantes no Conselho, de nove para 11, sendo dois indicados pela União. Seria uma forma de acomodar os candidatos do governo no colegiado. Mas o Planalto pleiteia ter quatro assentos, sob o argumento de que detém 35% das ações da empresa.
Mais lidas
-
1CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
2ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
3REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
4DIREITOS DOS APOSENTADOS
Avança proposta para evitar superendividamento de aposentados
-
5TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico