Economia
CEO da Boeing deixará a empresa no fim de 2024, em meio a crise de segurança
Fabricante de aviões americana anunciou saída de outros diretores enquanto lida com consequências dos incidentes envolvendo o 737 Max, seu avião mais vendido
A Boeing anunciou mudanças radicais em sua administração nesta segunda-feira, com a renúncia do CEO, do diretor de aviões comerciais e do presidente do Conselho de Administração, enquanto a empresa enfrenta uma crise centrada no seu avião mais vendido, o jato 737 Max.
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O CEO Dave Calhoun deixará a companhia no fim deste ano, enquanto o presidente Larry Kellner não se candidatará à reeleição, disse a Boeing em um comunicado. Stan Deal, que lidera a divisão de aviões comerciais da Boeing, também se aposentará imediatamente. A diretora de operações Stephanie Pope assumirá a função de Deal, informou a empresa.
Calhoun é executivo de longa data da Boeing, com passagens por General Electric e Blackstone Group.
As mudanças ocorrem em meio à crescente frustração dos clientes com Calhoun e Deal, uma vez que a crise centrada na qualidade de fabricação e na segurança da empresa não mostra sinais de recuo, quase três meses depois que um avião 737 Max 9 da Alaska Airlines voou com um buraco na porta no início de janeiro.
Uma auditoria abrangente da Boeing e de seus fornecedores realizada pela Administração Federal de Aviação dos EUA, o órgão regulador do país, levantou preocupações sobre a cultura de segurança da empresa, disse o principal funcionário da agência na semana passada.
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Sob a supervisão de Calhoun, a Boeing voltou a trabalhar a imagem do 737 Max e o avião voltou a ser comercializado. As vendas haviam sido suspensas após dois acidentes fatais com a aeronave, em 2028 e 2019.
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