Economia
Exxon compra Pioneer por US$ 60 bi e amplia aposta em combustível fóssil
Negócio é o maior já fechado neste ano. Petrolífera americana quer dominar produção de óleo de xisto no país
A Exxon Mobil acertou acordo para comprar a Pioneer Natural Resources por US$ 59,5 bilhões, anunciaram as duas companhias nesta quarta-feira. O negócio é o maior já fechado neste ano no mundo e a maior aquisição da empresa em mais de duas décadas. Com ele, a petrolífera americana busca se tornar dominante na produção de óleo de xisto nos EUA.
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Se finalizada, a transação tornará a Exxon, de longe, a maior empresa na Bacia Permiana do Texas e do Novo México e elevará sua produção diária para quase 4,5 milhões de barris de petróleo. Um claro sinal de que a gigante do setor está reforçando suas apostas em combustíveis fósseis, na contramão do que muitas petrolíferas vêm fazendo.
A Exxon pagará US$ 253 por ação da Pionner, ou seja, um prêmio de 18% com base no preço de fechamento do papel em 5 de outubro, quando os relatórios sobre o negócio começaram a circular.
Logo após o anúncio, as ações da Exxon na Bolsa de Nova York caíam 4,1%, a US$ 105,96, pela manhã. Já as da Pioneer subiam 0,6%. A aquisição é a maior já realizada pela petrolífera desde a fusão com a Mobil, em 1999.
Aumento da produção
O acordo permitirá à Exxon aumentar a produção diária na região do Permiano para o equivalente a 2 milhões de barris em 2027, ou mais de metade da atual produção mundial da empresa. A companhia também se comprometeu a reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono dos ativos da Pioneer a zero até 2035, ou 15 anos antes do inicialmente planejado, de acordo com comunicado.
A Bacia Permiana é a maior bacia de xisto do mundo. A Exxon vai controlar o equivalente a 16 bilhões de barris de reservas de petróleo na região.
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Por se tratar de uma produção em área terrestres, a gigante do petróleo ganha fôlego. Isso porque, ao contrário dos poços em águas profundas, os terrestres podem começar a produzir em meses
De acordo com a companhia, os ativos adquiridos darão lucro mesmo que os preços do petróleo caiam para US$ 35 o barril.
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