Economia
Dirigente do Fed prega paciência e cuidado para uma não reação em excesso a dados individuais
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou nesta terça-feira que houve "progresso significativo" na luta contra a inflação nos Estados Unidos, mas notou que o caminho até se atingir a meta de 2% "pode ser acidentado". Em texto publicado no site da distrital, ele lembrou que "ainda há trabalho a fazer", mas recomendou que o Fed seja "paciente e não reaja em excesso a indicadores individuais", sabendo que a evolução da economia ocorre em meio a "ruído e incerteza considerável".
Sem direito a voto nas decisões de política monetária neste ano, Bostic disse que os números da inflação apontam para desaceleração no núcleo dos índices. "Estamos fazendo progresso", considerou, acrescentando que pesquisa do Fed de Atlanta sugere que o impulso para baixo na inflação deve prosseguir.
Os mercados de trabalho, por sua vez, devem continuar a desacelerar, aponta. Os relatos dos empregadores sugerem que a desaceleração nesse mercado "irá continuar", enquanto o crescimento do salário "tem desacelerado", o que deve continuar a ocorrer em 2024, segundo indicam executivos ouvidos pelo dirigente.
Para Bostic, os riscos agora "parecem mais equilibrados". Apesar de boas notícias na inflação, um pouso suave "não está garantido", acrescenta. Há fatores que podem atrapalhar a busca pela meta de inflação, como o setor de energia. Choques geopolíticos também são risco, como a guerra na Ucrânia, mencionou. Outros fatores podem, porém, conter a inflação, como a retirada de estímulos fiscais da época da pandemia e a redução na poupança.
Bostic disse que a política monetária está "suficientemente restritiva agora". Para ele, os juros devem seguir no nível atual "bem entrado o ano de 2024". Ainda há incerteza e o Fed deve seguir vigilante para garantir que a inflação não reverta seu curso, aconselhou, evitando declarar vitória agora.
Para o dirigente, um pouso suave pode ser alcançado, mas é crucial conter a inflação, a principal tarefa agora.
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