Economia
Seis anos após decretar falência, Toys 'R' Us planeja abrir novas lojas de brinquedos nos EUA
Rede de brinquedos, que já foi uma das maiores do mundo, também planeja abrir unidades em aeroportos e navios de cruzeiro
A Toys 'R' Us tentará voltar com força ao mercado seis anos depois de declarar falência. Está em seus planos abrir até 24 lojas principais nos Estados Unidos a partir do próximo ano, anunciou a WHP Global, que em 2021 adquiriu o controle acionário da rede de brinquedos que outrora atraiu gerações de crianças com suas cores primárias características e sua mascote Geoffrey, a Girafa.
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Em um comunicado, a WHP Global informou que, além das novas lojas físicas, a Toys 'R' Us também abriria lojas em aeroportos e navios de cruzeiro por meio de uma parceria com o Go! Retail Group.
A primeira loja em aeroporto será aberta no início de novembro no Terminal A do Aeroporto Internacional de Dallas-Fort Worth, um dos mais movimentados do mundo, antes da temporada de compras de fim de ano, informou a empresa.
Yehuda Shmidman, presidente e CEO da WHP Global, acrescentou que a Toys 'R' Us "está crescendo rapidamente e nossa expansão para o ar, terra e mar é uma prova da força da marca".
A WHP Global, que também é proprietária de marcas como Anne Klein, Joseph Abboud e Bonobos, não informou em seu comunicado onde as lojas principais seriam abertas. Um porta-voz da empresa disse que "locais privilegiados" estavam sendo identificados.
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A Toys 'R' Us chegou a sinalizar uma tentativa de retorno em 2021, quando abriu uma loja principal no shopping American Dream, em Nova Jersey. Depois disso, lançou 452 ''mini-lojas'' dentro das lojas da Macy's em todo o país.
A tentativa de retorno da Toys 'R' Us ocorre durante um período difícil para as lojas físicas, com muitas fechando nos últimos anos, pois tiveram que enfrentar o crescimento contínuo do comércio eletrônico, seguido pelos efeitos da pandemia de Covid-19.
Nostalgia pode alavancar negócios
A Toys 'R' Us, fundada por Charles Lazarus, que abriu as primeiras lojas em 1957, já foi uma das maiores cadeias de lojas de brinquedos do mundo, com lojas na Austrália, Ásia e América do Norte. Mas, em 2017, afundada em dívidas de longo prazo que totalizavam mais de US$ 5 bilhões, a empresa entrou com pedido de proteção contra falência. A Toys 'R' Us fechou a última de suas 735 lojas nos EUA em junho de 2018. Mas manteve uma presença global, com lojas no Canadá e na Coreia do Sul.
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Lars Perner, professor assistente de marketing clínico na Marshall School of Business, da University of Southern California, disse que não teria previsto o retorno das principais lojas da Toys 'R' Us.
- É um tipo de estratégia muito contrária quando você vê tantos outros varejistas se afastando de suas lojas físicas - afirmou.
Segundo Perner, é possível que a nostalgia possa desempenhar um papel importante na condução dos negócios das novas lojas principais.
Muitos pais e filhos nascidos depois de 1957 provavelmente têm boas lembranças de passear pelas lojas gigantes da Toys 'R' Us, repletas de todo tipo de brinquedo, de patinetes a videogames, bonecas e bonecos de ação. Alguns devem se lembrar de ter visto Geoffrey, a girafa, nas lojas ou ter um boneco de pelúcia do mascote:
- Se houver pessoas que ganharam presentes da Toys 'R' Us quando eram crianças e agora têm seus próprios filhos, pode haver algum apelo.
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Perner acrescentou que explorar o setor de viagens pode ser uma boa estratégia, especialmente porque as pesquisas mostram que os consumidores tendem a gastar mais nas férias.
Ainda assim, as novas lojas principais da Toys 'R' Us devem competir com empresas como a Amazon, que oferece aos consumidores a facilidade de fazer compras direto de seus celulares. As lojas também devem competir com outras redes de grande porte, como Walmart e Target, que, segundo Perner, "oferecem preços baixíssimos":
- Acho que isso poderia funcionar como uma espécie de novidade no curto prazo. Seria difícil ver isso sendo bem-sucedido no longo prazo.
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