Economia
Gigante chinesa Evergrande é listada novamente na Bolsa de Valores de Hong Kong
Empresa tornou-se símbolo da crescente crise imobiliária chinesa
O endividado gigante imobiliário chinês Evergrande retomou, nesta terça-feira, as negociações na Bolsa de Valores de Hong Kong, segundo um comunicado publicado em site do mercado financeiro.
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“A negociação de ações do grupo chinês Evergrande será retomada às 9h (hora local) de hoje, terça-feira", indica o comunicado.
Um outro comunicado, em separado, anunciou que a negociação da Evergrande Servicios de Propiedades também foi retomada.
A reativação ocorre depois que a empresa publicou, na segunda-feira, um informe de que iria retomar as operações na bolsa.
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Evergrande tornou-se um símbolo da crescente crise imobiliária chinesa, com várias empresas fortemente endividadas, o que suscitou receios de impacto na economia do país e até em nível global.
A empresa havia suspendido a negociação de suas ações na quinta-feira, 28 de setembro, quando anunciou que seu chefe, Xu Jiayin, era suspeito de “crime ou ofensa que viola a lei” e que ele permanecia sob vigilância.
A empresa não explicou a decisão de suspender a negociação de ações naquele dia, o que afetou também seus serviços imobiliários e unidades de veículos elétricos.
Dívidas
A empresa estima que suas dívidas totalizavam US$ 328 bilhões, até o fim de junho.
A Evergrande alertou, em setembro, que não seria capaz de emitir nova dívida porque a sua subsidiária Hengda Real Estate Group estava sob investigação.
Depois disso, as reuniões marcadas para reestruturar sua dívida foram canceladas.
O sector imobiliário e da construção tem sido um pilar do crescimento da China – representa um quarto do PIB – e tem registado um forte boom nas últimas décadas.
Mas a enorme dívida contraída por suas principais empresas passou a ser considerada por Pequim como um risco inaceitável para a economia.
A crise da Evergrande agravou a desaceleração na segunda maior economia do mundo, o que levou o desemprego juvenil a níveis históricos.
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