Economia
MaxMilhas é incluída pela Justiça na recuperação judicial da 123milhas
Empresa, do mesmo grupo da 123milhas, diz que medida pretende assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com fornecedores, parceiros e clientes
A MaxMilhas teve aceito o seu pedido à Justiça de Minas Gerais para ser incluída na recuperação judicial da 123milhas. As duas empresas pertencem ao mesmo grupo e entraram em colapso diante de dificuldades financeiras para honrar passagens aéreas e hospedagens.
A MaxMilhas havia feito um pedido de recuperação judicial com requerimento de tutela de urgência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais em 21 de setembro. Agora, a juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, aceitou o pedido, que foi incluído no processo de recuperação da 123milhas, informou o jornal Valor Econômico.
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Também foi incluída no processo a recuperação judicial da plataforma de hotelaria Lance Hotéis. A medida tem como objetivo, segundo a MaxMilhas informou em um comunicado no mês passado, assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros, fornecedores e clientes e organizar, os débitos em um só juízo.
A 123milhas também pediu para entrar em recuperação judicial, o que foi aceito pela Justiça no fim de agosto. Ações e execuções de dívidas das empresas ficam suspensas por 180 dias, até que seja discutido e aprovado um plano de reestruturação com os credores.
A MaxMilhas avalia que, desta forma, poderá acelerar a quitação de todos os valores devidos e restabelecer o mais rapidamente possível seu equilíbrio financeiro e operacional. Segundo a companhia, o pedido de recuperação judicial se deve, principalmente, aos efeitos no mercado de agências de turismo on-line decorrentes da reestruturação da 123milhas.
Impacto no mercado de agências de turismo
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"Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo on-line tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, informou a companhia quando enviou o pedido à Justiça.
No comunicado, a MaxMilhas ressalta que não haverá suspensão de nenhum produto e que não está cancelando passagens ou reservas de hospedagens. A empresa informa ainda que não há nenhuma pendência trabalhista entre os débitos contemplados no pedido de recuperação judicial.
A companhia reforçou ainda que mantém suas atividades e que segue trabalhando com o compromisso de continuar promovendo novas viagens para os seus clientes. A empresa foi criada em 2013, em Belo Horizonte, e diz que já possibilitou mais de 12 milhões de viagens.
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A MaxMilhas informa que, caso haja cancelamentos unilaterais por parte de hotéis, operadores do setor hoteleiro e fornecedores de passagens aéreas, as empresas poderão ser notificadas extrajudicialmente por descumprimento de contratos vigentes.
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