O Grupo Handz, controlador de empresas como a de segurança Gocil, entrou com um pedido de recuperação judicial no valor de R$ 1,7 bilhão. O pedido foi feito na última sexta-feira junto à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, segundo informações do jornal Valor Econômico.

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Além de segurança, o grupo atua em áreas como agronegócio e no setor imobiliário. De acordo com o pedido feito pelos advogados, apesar de atuar em segmentos diferentes, as empresas dependem uma das outras para a continuidade da operação.

No caso do agronegócio, o grupo informou à Justiça que os investimentos necessários para o aumento da produção “demandaram alto índice de alavancagem financeira” e que os custos aumentaram por fatores como a guerra da Ucrânia e a alta do câmbio. Segundo o grupo, a alta dos juros elevou as despesas financeiras.

“Na conjuntura vigente, ainda que o mercado nacional de agronegócios esteja no processo de retomada de sua lucratividade, a crise financeira pela qual passa o Grupo Handz retira-lhe o poder de reação necessário para, sozinho, retomar de sua normalidade”, diz o pedido.

O grupo alega que as atividades de prestação de serviços também enfrentaram desafios como queda de demanda desde a pandemia, alta dos juros e pressão de preços vinda da concorrência e de seus clientes. Esse cenário aumentou o endividamento da empresa, que por muito tempo conseguiu se manter adimplente.

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“Todavia, as dívidas financeiras dilataram-se de tal forma que fazer frente a elas se tornou insustentável.”

Em nota enviada ao Valor, o Grupo Handz afirma que o pedido de recuperação judicial visa “preservar o emprego de seus 20 mil colaboradores, a perfeita continuidade da manutenção de seus serviços seus clientes, além do total, pontual e perfeito compromisso com os funcionários, fornecedores, parceiros comerciais e ex-colaboradores, resguardando a relação capital trabalho”.