Economia

Dívida pública tem alta de 2% em agosto e vai para R$ 6,265 trilhões

Houve aumento de cerca de 8% em relação ao mesmo período do ano passado

Agência O Globo - GLOBO 27/09/2023
Dívida pública tem alta de 2% em agosto e vai para R$ 6,265 trilhões

O estoque da dívida pública federal teve alta 2,01% no mês de agosto, totalizando R$ 6,265 trilhões. Na comparação com o mesmo período do ano de 2022, houve aumento em cerca de 8%. A dívida estava em R$ 5,781 trilhões naquele período.

Campos Neto: presidente do BC defende meta do governo de zerar déficit e pede taxação de ‘super-ricos’

Às vésperas das eleições: Argentina lança mais uma taxa de câmbio, o dólar 'vaca muerta'

Os dados foram informados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira.

A dívida aumenta na medida em que as receitas com impostos e outras contribuições não são suficientes para cobrir as despesas gerais do governo. Para isso, são emitidos os títulos de dívidas, sejam por empresas, bancos ou pessoas físicas. Com essas emissões, o governo vai aumentando o endividamente.

O GLOBO no seu celular: Clique aqui para seguir o novo canal Economia e Negócios no WhatsApp

De acordo com o Tesouro, o aumento do estoque da dívida pública em agosto refletiu a emissão líquida de R$ 59,27 bilhões no período.

Dívida bruta

O Banco Central também faz divulgações da dívida, com outros recortes. Um deles é a chamada dívida bruta do governo geral, incluindo estados e municípios.

Por esse critério, uma das metas da equipe econômica é estabilizar a dívida bruta do governo para baixo do nível de 75% do PIB até 2026. Até julho, esse cálculo estava em 74,1% do PIB, segundo o Banco Central

Governo planeja pagar R$ 95 bi em precatórios este ano: Como saber se tenho créditos a receber neste total?

O tema foi abordado nesta quarta-feira pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência na Câmara. Parlamentares da base do governo alegam que o endividamento do governo está sendo impulsionado pela elevada taxa básica de juros. A Selic está em 12,75% ao ano.

Conforme dados do BC, o aumento de 1% na taxa básica de juros representa um acréscimo de R$ 41,2 bilhões na dívida bruta do governo.

Na audiência, o presidente Campos Neto, argumentou que a Selic elevada não pode ser vista como “causa”, e sim como “consequência” do aumento da dívida pública.