Economia
Saraiva: presidente e vice renunciam, após fechamento de todas as lojas físicas
Assembleia que mudaria controle acionário da companhia não foi realizada por falta de quórum
O presidente e o vice-presidente da livraria Saraiva renunciaram ao cargo. A saída de Jorge Saraiva Neto, neto do fundador da empresa centenária, e de Oscar Pessoa Filho, acontece logo após o anúncio do fechamento de todas as lojas físicas da rede de livrarias e demissão de funcionários.
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Na quinta-feira, ex-CEO Marcos Guedes, que ocupava cadeira de membro independente do conselho, renunciou alegando motivos pessoais. Esta semana, também havia renunciado o advogado Aaron Bruxel, indicado pela ex-acionista que travava guerra com a família que controla a Saraiva e com o próprio Marcos Guedes.
Em fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta-feira, a companhia, que está em recuperação judicial desde 2018, informa que Marta Helena Zeni assumirá como diretora presidente e de Relações com Investidores (DRI), e Gilmar Antonio Pessoa será o novo diretor vice-presidente.
No comunicado, a Saraiva informa que a assembleia em que seria votada uma mudança societária no negócio, convertendo ações preferenciais (sem voto) em ações ordinárias (com voto), não foi instalada por falta de quórum.
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A operação vai mudar o controle da Saraiva, hoje nas mãos da família fundadora, e ocorre após a conversão de dívidas em participação ter elevado o número de ações preferenciais para além do limite previsto na Lei das SA. Com a nova composição acionária, um novo conselho deverá ser eleito em assembleia.
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) informou que vai chamar a Saraiva para acompanhar o pagamento de rescisões aos trabalhadores demitidos pela companhia na quarta-feira, quando suas livrarias restantes foram definitivamente fechadas. Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Patah, desde junho a companhia já havia deixado de pagar acordo celebrado em abril com 30 ex-funcionário, informou a coluna Capital.
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A Saraiva chegou a ter 108 lojas e representar cerca de um terço do comércio de livros no país. Na quarta-feira, a companhia fechou as suas últimas cinco unidades: duas em São Paulo, uma em Jundiaí, uma em Ribeirão Preto e uma em Campo Grande.
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