Economia
Bancos públicos reduzem taxas após corte na Selic, mas instituições privadas ainda avaliam mudanças
Taxa básica de juros passou de 13,25% para 12,75% ao ano
Depois de o Banco Central (BC) anunciar o corte de meio ponto percentual na Selic — levando a taxa básica de juros de 13,25% para 12,75% ao ano — bancos públicos já reduziram as taxas cobradas aos consumidores em diferentes modalidades de crédito. Já as principais instituições financeiras privadas do país ainda avaliam possíveis mudanças nos percentuais.
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Simulações de Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), dão conta de que os consumidores devem sentir uma leve queda nas taxas cobradas nas operações de crédito.
A maior redução deve ser sentida no cartão de crédito (-2,2 pontos percentuais), com os juros passando de 427,81% para 425,61% ao ano. O cheque especial aparece em seguida (-1,12 p.p.), indo de 153,78% para 152,66% ao ano. Já nos empréstimos pessoais concedidos por financeiras, os juros caem de 130,32% para 129,29% (-1,03 p.p.), e nos empréstimos concedidos por bancos, de 61,77% para 61,03% (-0,74 p.p.).
Por exemplo: um consumidor que entrar no rotativo do cartão — modalidade de crédito acionada quando apenas uma parte da fatura é paga — por 30 dias num valor de R$ 3 mil pagaria, com a Selic a 13,75%, um total de juros de R$ 446,10. Com a mudança, o valor cai em R$ 1,20, passando a R$ 444,90.
Quem comprar uma geladeira de R$ 1.500 e parcelar o valor em 12 vezes teria parcelas de R$ 174,24. Agora vai pagar R$ 173,85, uma redução de R$ 0,39, e de R$ 4,65 no valor total do eletrodoméstico.
Bancos públicos mudam juros
Logo após o anúncio do BC, na tarde desta quarta-feira (dia 20), a Caixa Econômica Federal anunciou a redução nas taxas de duas linhas de crédito. No caso do consignado, a taxa média de juros passou de 1,61% para 1,55% ao mês. Já os juros de capital de giro a micro e pequenas empresas caíram 0,22 ponto percentual, alcançando 0,99% ao mês. Outra novidade é que essas empresas passam a contar com prazo de até 60 meses para pagamento e carência de seis meses, dependendo da modalidade.
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O Banco do Brasil também diminuiu as taxas. No consignado para o setor público e o crédito com garantias, os juros passarão a ser de 1,19% e 1,21% ao mês, respectivamente. Já no consignado para beneficiários do INSS, a redução é de 1,75% para 1,71% ao mês, na faixa mínima, e de 1,89% para 1,85% ao mês, no patamar máximo.
Segundo o banco, as novas taxas estarão disponíveis para os clientes pessoa física já a partir desta quinta-feira (21) e a partir de sexta-feira (dia 22) para pessoa jurídica.
Já bancos privados ainda avaliam se vão reduzir ou não os juros. Veja o que dizem as instituições:
Bradesco: "Banco ainda está avaliando".
Itaú: "O resultado da reunião do Copom deve trazer impactos, ainda a serem definidos, em produtos de crédito oferecidos pelo banco".
Inter: "O Inter está avaliando internamente as novas condições e qualquer alteração será comunicada."
Santander: "O Santander reduziu recentemente os juros do consignado para beneficiários do INSS e avalia constantemente a possibilidade de novas reduções em todos os convênios. As taxas de juros aplicadas às operações de crédito são compostas por uma série de fatores como a expectativa futura da taxa Selic, inadimplência e as políticas / estratégias de crédito".
Nubank: "O Nubank avalia periodicamente as taxas de juros dos empréstimos oferecidos aos clientes em função do custo de capital e do risco individualizado, de forma a refletir nas taxas praticadas as melhores condições possíveis".
C6 e Inter e Nubank foram procurados, mas não deram retorno.
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