Cerca de 190 profissionais se juntaram ao movimento grevista dos trabalhadores do setor automotivo nos Estados Unidos, comandado pelo sindicato United Auto Workers (UAW). Agora, profissionais de uma fábrica da ZF Chassis no Alabama, que produz peças para veículos da Mercedes-Benz, também cruzaram os braços. A participação sinaliza uma expansão da greve dos trabalhadores das 'gigantes de Detroit'.

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O líder sindical Shawn Fain disse que mais fábricas enfrentariam greves se General Motors, Ford e Stellantis não melhorassem suas ofertas. As montadoras disseram que a negociação continuou na terça-feira.

A nova ação trabalhista e o prazo de sexta-feira acirram o que está em jogo nas negociações entre três das maiores montadoras dos EUA e o sindicato que representa 146 mil de seus trabalhadores. Sexta-feira marcará uma semana desde que o UAW convocou sua primeira greve em todos os três fabricantes legados de Detroit.

Casa Branca monitora greve

No Canadá, a Ford chegou a um acordo provisório na terça-feira com o Unifor, o sindicato canadense dos trabalhadores da indústria automobilística, para um contrato de trabalho nacional de três anos.

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“Quando confrontada com a perspectiva de uma greve total de 5.600 membros da Unifor em cada uma das instalações da Ford no Canadá, a empresa fez uma oferta significativa”, disse o sindicato num comunicado.

Em Washington, na terça-feira, o governo Biden continuou a monitorar as negociações da greve, mas disse que a secretária interina do Trabalho, Julie Su, e o conselheiro da Casa Branca, Gene Sperling, ainda não viajariam para Detroit para ajudar os dois lados. Biden disse na semana passada que enviaria os dois funcionários.

Após relatos de que o ex-presidente Donald Trump planeja visitar Detroit para cortejar trabalhadores em greve em 27 de setembro, dia do segundo debate primário republicano, Fain emitiu um comunicado na terça-feira em resposta.

“Cada fibra do nosso sindicato está sendo investida na luta contra a classe bilionária e contra uma economia que enriquece pessoas como Donald Trump às custas dos trabalhadores”, disse ele no comunicado.

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O diretor de operações norte-americano da Stellantis, Mark Stewart, disse à CNBC na terça-feira que sua empresa tem estoque disponível para compensar o impacto da greve. Mas a S&P Global Mobility estimou que a greve está a custar às empresas a produção de cerca de 3,2 mil veículos por dia.

Rob Smith, vice-presidente executivo do Fitzgerald Auto Mall, com sede em Rockville, Maryland, que tem mais de uma dúzia de concessionárias na Flórida, Maryland e Pensilvânia, disse que suas instalações já sofreram alguma escassez de estoque.

— A maior preocupação são as peças para quando os clientes precisarem de reparos — disse ele. — Nosso departamento de serviços, que está tendo um ano robusto, está sendo afetado.

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Smith disse que em épocas anteriores, quando a produção das fábricas com pessoal do UAW foi afetada, ele tentou encomendar peças que sabia que seriam necessárias. Ele está esperançoso de que a greve do UAW seja resolvida em breve.

—Todos nós tivemos interrupções durante a Covid — disse ele. — Não precisamos de mais nada.