Economia
Mercado acredita em queda de meio ponto da taxa Selic na quarta-feira
Manutenção do cenário positivo depende de cumprimento da meta fiscal pela Fazenda
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anuncia na próxima quarta-feira o novo valor da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado é de mais um corte de 0,5 ponto na alíquota, reduzindo o índice a 12,75%.
A projeção pela queda desta semana tem como base a indicação da ata do Copom da última reunião, quando todos os diretores do banco indicaram a manutenção do mesmo ritmo de corte, de meio ponto.
A expectativa de inflação tem se mostrado sob controle, e a inflação corrente, principalmente pela queda de preços no setor de serviços, tem vindo melhor do que o esperado. Para o final do ano, parte do mercado aposta em queda de meio ponto, e outra parte acredita em aceleração para 0,75. De acordo com o Boletim Focus, a mediana do mercado financeiro espera que os juros caiam para 9% no ano que vem.
O economista André Perfeito lembra que os objetivos do Ministério da Fazenda no segundo semestre são mais desafiadores, e que o ministro Fernando Haddad depende da aprovação de projetos de lei espinhosos para conseguir aumentar a arrecadação do governo.
— A agenda de Haddad está mais complexa agora, depende ainda mais da arrecadação. Eles vão fazer o esforço, mas ainda não há sinais que levem ao déficit zero no ano que vem. O cenário não deve piorar, mas tende a parar de melhorar — disse.
O ministro da Fazenda tem ao menos sete projetos de lei ou medidas provisórias nas mãos do Congresso Nacional, aguardando aprovação, para conseguir verbas extras. Três deles estão na Câmara dos Deputados, um projeto para taxação de offshores, outro para acabar com a redução de impostos sobre Juros de Capital Próprio e uma medida provisória que taxa os fundos de investimentos exclusivos.
Outras quatro propostas já estão nas mão do Senado: a reforma tributária, que aguarda relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM); o PL de repatriação de bens no exterior, que tem relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e deve ser votado até o dia 26; o Desenrola, que também limita os juros do cartão de crédito e deve movimentar a economia e a regulamentação das apostas online.
Todos passarão pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O PL da repatriação e a desoneração da folha não precisam seguir para o plenário e estarão aprovados se passarem pela comissão. O presidente Rodrigo Pacheco (PSD-RJ) já designou um relator para o Desenrola, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL).
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