Economia

Pacheco diz que PIB mais forte pode ajudar governo a zerar o déficit

Presidente do Senado defendeu que o governo negocie com o Congresso um cronograma para aprovar projetos que melhorem a arrecadação sem aumentar a carga tributária

Agência O Globo - GLOBO 01/09/2023
Pacheco diz que PIB mais forte pode ajudar governo a zerar o déficit
Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, é um indicativo de que o governo poderá cumprir a meta de zerar o déficit público em 2024.

Ele destacou, porém, que é preciso saber se isso vai resultar em maior arrecadação federal e defendeu maior diálogo do Executivo com o Congresso para aprovar projetos "inteligentes" que melhorem a receita e não gerem aumento de carga tributária sobre o setor produtivo.

- O resultado do PIB é um indicativo importante, temos que saber se isso gera mais arrecadação, se gerar mais arrecadação contribui para o déficit público - disse Pacheco.

Ele acrescentou:

- Nos próximos dias, é muito importante o poder Executivo, através de seus personagens, especialmente o ministro da Fazenda, e o Senado e a Câmara, através de seus presidentes, possam sentar para estabelecer um cronograma de iniciativas legislativas inteligentes, propositivas, justas do ponto de vista tributário, para poder garantir o cumprimento das metas fiscais, através de projeto de arrecadação que não signifiquem imposição de aumento de carga tributária - mencionou Pacheco, ao participar do Fórum Lide Brazil Development.

Pacheco citou uma série de medidas arrecadatórias enviadas pelo governo ao Congresso, como a tributação de fundos de investimentos exclusivos, das apostas esportivas e de aplicações financeiras no exterior. Entre elas está também a taxação de juros sobre o capital próprio, que enfrenta resistência do setor produtivo.

- Há varias iniciativas sobre a mesa para nós termos uma arrecadação sustentável, equilibrada e justa, sobretudo dentro da premissa de fazer pagar tributos quem não paga e não impor mais tributo ao setor produtivo que não consegue pagar essa conta - destacou.