Economia
Haddad diz que crescimento da economia este ano pode chegar a 3%
Ministro da Fazenda disse que PIB surpreendeu positivamente e projeções feitas pelo próprio ministério estão sendo superadas
Depois de o IBGE divulgar um crescimento acima do esperado no segundo trimestre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a alta do ano pode chegar a 3%, mesmo expectativa divulgada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
— Surpreendeu positivamente. O crescimento do PIB deve atingir a marca de 3%, estamos com uma expectativa melhor que em janeiro. A gente fica feliz que as projeções do início do ano, feitas pelo ministério, de 2%, estão sendo superadas — afirmou.
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Apesar do otimismo, Haddad reconhece que o terceiro trimestre da economia merece atenção e que o governo precisa estar preparado para soltar novas medidas, caso a economia desacelere.
— Isso não significa que podemos baixar a guarda. O terceiro trimestre é chave para as projeções. O mês de julho nos preocupou. Agosto foi melhor que julho, mas não está fechado ainda. Estamos olhando os dados do terceiro trimestre para ver quais as medidas necessárias para não deixar uma eventual desaceleração afetar dados da economia neste ano e no ano que vem.
O ministro da Fazenda explicou que a perda de arrecadação em julho foi um problema localizado. Algumas empresas teriam recolhido menos Imposto de Renda. Mas ele não detalhou quais seriam os setores.
— Foi um problema localizado em algumas empresas que recolheram pouco imposto de renda, queremos entender o porquê — disse.
Haddad cumpre agenda em São Paulo, e falou com jornalistas na sede do Ministério.
Projetos de arrecadação no Congresso
Entre as medidas recentemente enviadas ao Congresso Nacional, para aumento de arrecadação, o ministro da Fazenda destaca como mais importante a subvenção do ICMS. O governo federal publicou nesta quinta-feira uma medida provisória (MP) que permite a cobrança de impostos federais sobre incentivos fiscais dados por governadores por meio de ICMS para o custeio das empresas. Também enviou ao Congresso um projeto de lei que altera as regras para dedução de Juros sobre Capital Próprio (JCP), que são um mecanismo usado por empresas para remunerarem seus acionistas.
— É um absurdo. Um governador dá um benefício fiscal e afeta a base de cálculo federal. Isso fere o pacto federativo. A não ser que a lei federal estabeleça critérios pra isso, que é o que estamos tentando fazer.
Haddad ainda citou o marco de garantias como uma forma de alavancar o consumo dos famílias. A medida abre mais espaço de crédito no país. Ao mesmo tempo, o programa Desenrola tem desnegativado CPFs devedores.
— Se o marco estiver aprovado, podemos incrementar o consumo das famílias que vao estar menos endividadas e com poder de compra maior.
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