Economia
Governo quer usar aumento de receitas em 2024 para dar reajuste a servidores
Proposta orçamentária do próximo ano reserva R$ 1,5 bilhão para essa finalidade, suficiente para aumento de 1% nos salários
Integrantes do governo Lula pretendem usar uma brecha no novo arcabouço fiscal para conceder reajuste para servidores em 2024. Para isso ser concretizado, porém, será necessário aumentar a previsão de arrecadação, um desafio para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
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Inicialmente, o governo reservou R$ 1,5 bilhão para a concessão de reajuste aos servidores públicos do Executivo federal no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, que será enviado ao Congresso na quinta-feira. O montante corresponde a cerca de 1% de correção salarial no ano que vem, o que desagradou a categoria.
Para superar esse valor, será preciso recorrer ao aumento da arrecadação. O arcabouço fiscal permite aumentar os gastos em 2024, mesmo se o Orçamento já estiver aprovado.
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Isso se dará em maio. Nesse mês, será feita uma estimativa da arrecadação total de 2024. Se essa arrecadação for superior ao que foi arrecadado em 2023, essa diferença será incorporada aos gastos ao longo do ano. A ideia é usar isso para reajustar os salários dos servidores.
Trata-se de uma brecha porque o modelo do arcabouço fiscal prevê que as despesas crescerão acima da inflação de acordo com o aumento da arrecadação — para 2024, será a comparação da arrecadação de 2023 com o período anterior, ou seja, 2022.
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Em 2024, e apenas no ano que vem, será permitido um plus, ao longo do ano, incorporando a previsão de arrecadação no próprio exercício.
A dimensão disso, porém, depende do incremento das receitas, o que é uma grande dúvida no governo e no mercado.
O aumento de 9% concedido aos servidores neste ano custou R$ 12 bilhões aos cofres públicos.
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