Economia
Relator nega que reforma ministerial afete arcabouço, mas diz que novo atraso não seria problema
Cajado diz que trabalha para votar na semana que vem, mas um grupo de deputados do Centrão pressiona para que a votação não aconteça antes da reforma ministerial
O deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do arcabouço fiscal, disse que a reforma ministerial para acomodar PP e Republicanos no governo não afeta o calendário de votação do projeto e que a ideia é analisar o texto na próxima semana. No entanto, Cajado disse que, caso não haja acordo para votação, não teria problema se a aprovação do texto ficar para depois do dia 31 de agosto, data prevista para que o governo entregue o planejamento para o orçamento de 2024 ao Congresso.
– Dá tempo e devemos votar semana que vem, mas se não votar não há prejuízos porque o governo pode mandar as despesas condicionadas porque enviou uma mensagem modificativa à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) antes da votação do relatório preliminar – disse o deputado ao GLOBO.
Sobre os ministérios, Cajado disse que ninguém sabe ainda qual será o resultado da negociação entre PP, Republicanos e o governo.
– Nada definindo. Uma hora é uma coisa, outra hora, outra coisa.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem dito que a votação do projeto que cria a nova regra fiscal não está relacionada com a entrada dos dois partidos no governo. Por outro lado, deputados do PP e Republicanos tem pressionado para que a Casa não vote nenhuma iniciativa de interesse do Palácio do Planalto enquanto o assunto não for resolvido, o que inclui também medidas provisórias.
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, já disse que os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) irão se tornar ministros, mas o Poder Executivo ainda avalia os cenários para definir quais serão as pastas dos dois.
A Caixa Econômica Federal, que tem a ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI) como cotada presidir, e a Fundação Nacional da Saúde (Funasa), que é alvo de disputa entre Republicanos, PP e PSD, também estão nas negociações do governo com a Câmara.
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