Economia
Desenrola: inadimplência registra queda pelo 2º mês consecutivo com redução nas dívidas bancárias, mostra Serasa
Esta é a primeira vez que um segundo recuo é registrado desde junho de 2021.
O programa Desenrola de renegociação de dívidas já teve efeito sobre a inadimplência no país que registrou queda pelo segundo mês consecutivo. Segundo a Serasa, esta é a primeira vez que um segundo recuo consecutivo é registrado desde junho de 2021.
De acordo com dados do Mapa da Inadimplência de julho da Serasa, antecipados pela coluna de Míriam Leitão, no jornal O Globo, havia 71,41 milhões inadimplentes no país. Em junho, eram 71,45 milhões. O valor médio das dívidas por pessoa foi de R$ 4.923,97. Já em junho, o valor médio das dívidas por pessoa era de R$ 4.846,15. Já o valor médio de cada dívida era de R$ 1.317,60, em junho.
Com a vigência da Faixa 2 do Desenrola -- que prevê a renegociação de dívidas bancárias ---, o estudo revelou "redução expressiva a quantidade de dívidas com bancos e cartões de crédito", segundo a Serasa. A entidade lembra que o segmento é sempre o recordista no número de inadimplentes. Em junho, o setor representava 31,13% das dívidas dos brasileiros. Em julho caiu para 29,50%, uma redução de 1,63 ponto percentual.
Cartão de crédito é modalidade mais procurada, diz banco
A Caixa Econômica Federal informou que o volume negociado dentro do programa Desenrola Brasil atingiu R$ 1,32 bilhão na instituição, com a renegociação de débitos para mais de 63 mil clientes. Segundo o banco, as dívidas com cartão de crédito, cheque especial e crédito direito ao consumidor (CDC) são as modalidades mais procuradas e com o maior índice de regularização. Até o momento, já são mais de 79 mil contratos regularizados. Neste período, 91% das propostas foram negociadas à vista.
Pelo Desenrola Brasil, os clientes têm acesso a descontos de até 90% à vista. Também é possível parcelar a dívida em até 120 meses, com entrada e primeira parcela para 30 dias.
De acordo com a Caixa, para os contratos habitacionais são oferecidas diversas condições negociais, tais como incorporação, pagamento parcial e utilização do FGTS.
Segundo o banco, as condições estão sujeitas ao enquadramento de cada contrato e poderão ser verificadas no aplicativo Habitação e demais canais de atendimento.
Entenda
Nesta primeira fase estão liberadas negociações de dívidas de bancos, como cartões de crédito e cheque especial, inscritas em cadastros de inadimplentes de 1ºde janeiro de 2019 a 31 de dezembro de 2022, para pessoas físicas com renda mensal de até R$ 20 mil (a chamada Faixa 1).
Além disso, clientes com dívidas de até R$ 100 tiveram seus nomes excluídos dos cadastros restritivos. Essa retirada se dá em até cinco dias úteis após a efetivação da renegociação. Pelo site Negociar Dívidas, é possível verificar as condições oferecidas aos clientes, os percentuais de descontos e os contratos contemplados.
Os débitos são negociados diretamente com os bancos. Para isso, os interessados devem entrar diretamente nas plataformas on-line das instituições financeiras , inserindo seus CPFs e verificando as condições oferecidas para negociação.
Os bancos alertam que não entram em contato ou enviam links ou páginas para os clientes. Os consumidores devem evitar clicar em sites que chegam por meio de aplicativos de mensagens. Estes podem ser iscas feitas por criminosos para roubar dados e dinheiro.
A segunda fase está prevista para começar em setembro. Esta etapa vai beneficiar a chamada Faixa 2 do programa, incluindo pessoas com renda mensal de até a dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam incluídas no Cadastro Único do governo federal. Vai incluir a renegociação de dívidas com empresas e concessionárias de serviços públicos.
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