Economia
Dólar à vista fecha a R$ 5,0356 e desce à menor cotação em 1 ano
O dólar encerrou esta sexta-feira, 4, cotado no mercado à vista a R$ 5,0356, em baixa de 0,95%, no menor nível em um ano, quando encerrou o dia 10 de junho de 2020 a R$ 4,9355. Diante de um cenário internacional ameno onde a divisa americana perdeu força, investidores miraram emergentes para aportar recursos de olho na continuidade de alta dos juros e melhor perspectiva para a retomada da economia local, fazendo o real se fortalecer por mais um dia consecutivo.
Na etapa vespertina dos negócios o spot desceu à mínima do dia a R$ 5,0326, menor nível desde 14 de dezembro de 2020 (R$ 5,0109). No encerramento da semana, houve recuo de 3,39%. Ainda assim, pela leitura de especialistas, o nível do dólar no mercado local ainda é elevado e reflete as incertezas do ponto de vista fiscal e político no Brasil.
Logo pela manhã, a divisa abriu em alta, mas tão logo o resultado do payroll dos EUA se mostrou mais fraco do que as projeções, despencou em linha com o movimento de enfraquecimento da moeda americana frente a fortes e de países emergentes pares do real.
O mercado de trabalho dos Estados Unidos gerou 559 mil empregos em maio, abaixo da mediana de 700 mil vagas do Projeções Broadcast. A taxa de desemprego americana caiu, de 6,1% em abril para 5,8% em maio. A projeção era de queda da taxa a 5,9% no último mês.
Alexandre Almeida, economista da CM Capital, vê claramente uma inversão de tendência no câmbio após a divulgação do resultado. “A principal mensagem é uma discussão contínua, não só de hoje. Com dados de inflação mais robustos, segue em pauta a percepção de uma antecipação de alta de juros nos EUA, as discussões sobre a retirada de estímulos. Mas a visão do Fed, que se mostra mais próxima dos dados efetivos que vem sendo divulgados, tende a acalmar o mercado e fazer com que o dólar se enfraqueça perante demais moedas”.
Nesse contexto, complementa Almeida, os países emergentes, que já iniciaram seu processo de aperto da política monetária, têm sido mais atraentes para fluxos de recursos de estrangeiros.
Autor: Simone Cavalcanti
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