Economia
Ásia: bolsas fecham mistas, embaladas por Opep+; eleição e tensão EUA-China pesam
As bolsas da Ásia encerraram a sessão desta quarta-feira (6) sem direção única. Por um lado, as ações de petroleiras impulsionaram os índices acionários, refletindo decisão cautelosa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+, sobre a oferta da commodity no mercado global. Por outro, as eleições ao Senado americano no Estado da Geórgia e o a proibição de transações, por parte de Washington, com softwares chineses geraram cautela no continente.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,63%, a 3.550,88 pontos e o Shenzhen avançou 0,26%, a 15.187,61 pontos. O índice Hang Seng, de Hong Kong, acompanhou os pares e fechou em alta de 0,15%, a 27.692,30 pontos. Por lá, as ações da CNOOC saltaram 4,25%.
Investidores do setor de energia receberam bem a notícia de que a Arábia Saudita decidiu cortar em sua produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia em fevereiro e março, para compensar elevações de oferta de Rússia e Casaquistão, dando força às petroleiras de todo o mundo.
Contudo, investidores seguiram acompanhando em tom de cautela, como todo o mundo, as eleições ao Senado dos Estados Unidos na Geórgia. O favoritismo democrata na disputa preocupa setores do mercado, já que daria ao partido do presidente eleito Joe Biden o controle do Congresso e pavimentaria a aprovação de agendas como taxação de grandes empresas. Assinatura da ordem executiva pelo governo do presidente Donald Trump, revelada pela Reuters, que bane transações com oito aplicativos de software chineses, incluindo o Ant Group Alipay e o WeChat, foi outra notícia mal recebida.
De olho no aspecto negativo do noticiário, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou o dia em queda de 0,38%, a 27.055,94 pontos, assim como o Kospi, de Seul, que baixou 0,75%, a 2.968,21. Na Oceania, o índice S&P/ASX, da bolsa de Sidney, cedeu 1,12%, a 6.607,10 pontos.
Autor: Eduardo Gayer
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