Brasil
Bancada do PDT decide romper com o governo Lula após demissão de Lupi; sigla seguirá independente

Na última sexta-feira (2), o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi demitido do cargo em meio às investigações que revelaram fraudes com descontos de associações em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os deputados federais do PDT decidiram após reunião nesta terça-feira (6) deixar a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e passará a seguir de forma independente no Congresso. A decisão ocorreu dias após Lupi deixar o Ministério da Previdência por conta da crise gerada pelo escândalo dos descontos irregulares em milhares de pensões e aposentadorias.
Na ocasião, Lupi teria discordado da decisão de Lula em demitir o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi um dos alvos da operação da Polícia Federal, conforme o jornal Folha de S.Paulo. Com a saída do pedetista, o presidente indicou Wolney Queiroz para o cargo sem consultar o partido.
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), ainda pretende se reunir com a sigla nos próximos dias para reverter a decisão, acrescentou a publicação. Apesar disso, o PDT garante que não adotará postura de oposição e vai apoiar pautas da centro-esquerda.
O partido, que disputou as últimas eleições com Ciro Gomes, que terminou em quarto lugar com apenas 3% dos votos, também pretende apresentar um nome alternativo para o pleito de 2026.
Fraudes bilionária no INSS
No mês passado, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) desencadearam a operação Sem Desconto, que investiga um esquema de corrupção responsável por descontar mensalidades associativas não autorizadas de beneficiários do INSS.
Conforme investigações entre 2019 e 2024 foram descontados de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões de forma fraudulenta. Em razão dessa descoberta, o governo federal decidiu suspender todos os acordos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que permitiam o desconto de mensalidades por serviços como academias, convênios e planos de saúde diretamente no benefício. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.
O escândalo custou o cargo a Carlos Lupi na última sexta (2), quando Queiroz, então secretário-executivo da Previdência, foi escolhido pelo presidente Lula para comandar a pasta.
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