Dilma a caminho de virar o jogo: PT por PMDB

19/03/2015

fotochargeEm conversas reservadas, os políticos não têm mais dúvidas: se o PMDB pender para a oposição ou sentir a chance de sobrevivência longe da sombra da árvore petista, que, aos poucos, vai desfolhando, a possibilidade de o governo virar o jogo é zero. Esse portal se abriu ontem, quando Cid Gomes, ainda investido no cargo de ministro da Educação, citou que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era acusado de achaque e ainda usou a expressão “oportunistas” para se referir aos parlamentares. Dilma, entretanto, rapidamente fechou esse portal e, antes do cair da noite, demitiu Cid. Esse foi o primeiro gesto de deferência da presidente de forma mais direta a Eduardo Cunha depois das manifestações de domingo. E, a contar pelas conversas que Dilma mantém com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ex-senador José Sarney (PMDB-AP), ela se mostra disposta a usar, com o PMDB, a mesma régua que o PT usa hoje com João Vaccari: todos são honestos até que se prove o contrário. Daí a chamar Eduardo Cunha para uma conversa será um pulo. Até aqui, Dilma só não se mostra disposta a mexer em Aloizio Mercadante, seu ministro da Casa Civil

Vladimir Barros

Vladimir Barros

É advogado militante, formado pela Universidade Federal de Alagoas e pós-graduado em Direito Processual e Docência Superior. Jornalista filiado ao Sindjornal/FENAJ, é membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI) e da Associação Brasileira de Imprensa; Editor do Jornal Tribuna do Sertão. É também membro da Academia Palmeirense de Letras (Palmeira dos Índios) e fundador da Rádio Cacique FM.