Collor desliga o telefone quando o assunto é Youssef

23/05/2014

fotocollor78Um dia após a revelação de que a Polícia Federal encontrou no escritório do doleiro Alberto Youssef comprovantes de depósito bancários, que somam R$ 50 mil, em nome de Fernando Collor de Mello, o senador do PTB de Alagoas negou-se a falar sobre a sua relação com o doleiro. Procurado pelo O GLOBO na manhã desta sexta-feira, Collor disse à reportagem que “desejava um bom fim de semana” para logo depois desligar o telefone. Os comprovantes foram encontrados durante busca e apreensão da Operação Lava-Jato feita em março no escritório do doleiro. O juiz informa ao ministro Zavascki que Collor de Mello não é investigado, e apenas comunica a existência dos depósitos em nome do ex-presidente da República. A existência dos depósitos consta em relatório da Polícia Federal ao juiz Sérgio Moro sobre a ação penal contra Youssef e contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa. A PF mostra que os R$ 50 mil foram depositados para Collor de Mello em oito pagamentos fracionados, nos valores de R$ 1.500; R$ 9.000: R$ 1.500; R$ 9.000; R$ 8.000; R$ 9.000; R$ 8.000; e R$ 4.000. A PF não explica a razão dos depósitos. De acordo com o relatório da PF, os depósitos de Youssef para Collor ocorreram nos meses de fevereiro, março e maio do ano passado.

Vladimir Barros

Vladimir Barros

É advogado militante, formado pela Universidade Federal de Alagoas e pós-graduado em Direito Processual e Docência Superior. Jornalista filiado ao Sindjornal/FENAJ, é membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI) e da Associação Brasileira de Imprensa; Editor do Jornal Tribuna do Sertão. É também membro da Academia Palmeirense de Letras (Palmeira dos Índios) e fundador da Rádio Cacique FM.