O Brasil mudando

20/07/2016

A quantidade de empresas que entraram no cadastro de suspensas ou inidôneas – que não podem fazer contratos com o setor público– cresceu 22% no primeiro semestre deste ano, na comparação com 2015.

Foram 2.405 companhias neste começo de ano, segundo o Ministério da Transparência (antiga CGU).

As razões mais comuns pelas quais uma companhia é adicionada à lista são falha na execução de serviço e prática de ato ilícito, diz Antônio Carlos Nóbrega, coordenador de responsabilização de entes privados do ministério.

A lei anticorrupção, de 2013, explica parte do crescimento, afirma Nóbrega.

A partir dela, todos os entes federativos (como Estados e prefeituras) precisam enviar dados de empresas suspensas para o cadastro geral. Só agora, no entanto, isso acontece com regularidade. Temas debatidos na mídia, como a Lava Jato, tornaram a lei conhecida. Gestores da administração pública se interessaram pela adequação de contratos e em licitações.

Com certeza os métodos da Administração Pública brasileira estão mudando, mas precisam mudar muito mais.

Pedro Oliveira

Pedro Oliveira

Escritor e jornalista com vasta experiência em análise política. Autor dos livros “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, “Brasil 2006 A História das Eleições” / “Manual Prático de Licitações e Contratos” “Resumo Político - Crônicas, histórias e os bastidores da política brasileira”. Articulista político da Tribuna do Sertão, Jornal Extra e Blog Resumo Político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB, Presidente do Instituto Cidadão e Membro Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atuou no Diário de São Paulo, Revista NÓS ( SP), Diários Associados ( Jornal de Alagoas), Jornal de Hoje. Fundador do Jornal Opinião e do Correio de Alagoas, este junto com o jornalista Pedro Collor de Mello.