Reforma política já

03/06/2016

O presidente Michel Temer marcaria sua gestão na história se pedisse ao Congresso Nacional e sua base de sustentação, aproveitando o bom momento, para aprovar em caráter de urgência uma reforma política radical para melhorar o Brasil. Fim total do foro privilegiado e imunidade parlamentar, extinção da maioria dos partidos nanicos que não passam de legendas de aluguel e balcão de negócios sujos a cada eleição, redução drástica no imoral fundo partidário que enche os bolsos dos corruptos dirigentes partidários, mecanismos de fortalecimento da Justiça Eleitoral e do Ministério Público para combater sistematicamente a corrupção eleitoral. Bastaria isto para entrar na história. Resta saber se é isto que ele quer.

A marginalidade política

Alguns prefeitos em segundo mandato, impedidos de disputar eleição, encontraram uma maneira de continuar mamando nas tetas públicas e administrando muito dinheiro em beneficio próprio. Por suas influências eleitorais/geográficas usam o município vizinho para candidatar mulheres, filhos ou apadrinhados. A maioria desses aventureiros nunca morou um dia na cidade em que é candidato(a). É um fato imoral, ilegal e criminoso. Pena que a Justiça Eleitoral feche os olhos para tamanha aberração. São os marginais da política na busca de permanecer no podre poder da enganação explícita.

Pedro Oliveira

Pedro Oliveira

Escritor e jornalista com vasta experiência em análise política. Autor dos livros “Arquivo Aberto/Crônica de um Brasil Corrupto”, “Brasil 2006 A História das Eleições” / “Manual Prático de Licitações e Contratos” “Resumo Político - Crônicas, histórias e os bastidores da política brasileira”. Articulista político da Tribuna do Sertão, Jornal Extra e Blog Resumo Político. Pós graduado em Ciências Políticas pela UnB, Presidente do Instituto Cidadão e Membro Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). Atuou no Diário de São Paulo, Revista NÓS ( SP), Diários Associados ( Jornal de Alagoas), Jornal de Hoje. Fundador do Jornal Opinião e do Correio de Alagoas, este junto com o jornalista Pedro Collor de Mello.