É cada vez mais amplo o uso da tecnologia artificial em todos os setores da nossa sociedade. E não deixaria de existir pirataria nesse processo. Veículos de imprensa sofrem essas consequências em seus arquivos. Trechos inteiros de reportagens e colunas são reproduzidos. Casos de direitos autorais são desprezados. Isso ocorre não somente no Brasil. Recentemente, o jornal “The New York Times” processou a Open AI e sua sócia Microsoft por essa prática deletéria. A imprensa é duplamente prejudicada, pois perde tráfego (logo, faturamento) e sofre uma concorrência desleal.

Além disso, a IA detona debates jurídicos, morais e estéticos sem fim. É possível fazer arte com IA? As regras variam de país a país. No Brasil um trabalho cai em domínio público depois de 70 anos da morte do seu criador. O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica expõe obras de artistas que criam com essa ferramenta. O processo de criação com inteligência artificial envolve etapas complexas. O direito autoral é um entrave comum na produção artística com inteligência artificial. Foi o problema que alcançou a Turma da Mônica, do genial Maurício de Souza. O problema é complicado, pois a IA usa várias obras que estão na internet, protegidas ou não, e as misturas. Há hoje um grande debate sobre o fazer artístico. Deseja-se, é claro, a democratização do trabalho artístico e isso precisa vir com regras muito bem determinadas.

De toda forma, a IA une estúdios ao Vale do Silício e se alastra por toda Hollywood. A tecnologia já faz parte da rotina no cinema e apareceu por vários filmes na última corrida do Oscar.

É comum escrever roteiros com IA e substituir atores utilizando robôs sem o seu consentimento. A IA não vai mudar a natureza dos elementos do processo, mas pode atuar de forma incrível no sotaque dos atores. A tecnologia ajuda na questão dos efeitos especiais, como na montagem de um incêndio em grande estilo ou até mesmo na degustação de um bom vinho. Não há limites para o que vem por aí.

Mas onde existe um destaque especial é na Medicina. O robô já fez cirurgia com auxílio da IA em órgãos humanos. O robô atua mais devagar que os seres humanos e mostrou grande precisão. Isso deve ser considerado daqui pra frente.