Alagoas

Saúde lança instrumento para estratificação do risco obstétrico em Alagoas

Ferramenta padroniza identificação de riscos e aprimora acompanhamento de gestantes na rede estadual

20/12/2025
Saúde lança instrumento para estratificação do risco obstétrico em Alagoas
Coordenadora da Sesau apresenta novo instrumento para estratificação do risco obstétrico em Alagoas. - Foto: Carla Cleto e Marco Antônio / Ascom Sesau

Ruana Padilha / Ascom Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou o Instrumento Estadual de Estratificação do Risco Obstétrico, ferramenta que fortalece a organização da Rede de Atenção Materna e Infantil em Alagoas e qualifica o cuidado oferecido às gestantes em todo o território estadual. O objetivo é identificar, de forma padronizada, o nível de risco obstétrico das gestantes, permitindo um acompanhamento mais adequado desde o pré-natal até o parto.

Com a nova metodologia, gestantes de risco habitual permanecem sob acompanhamento da Atenção Primária à Saúde. Já aquelas classificadas como risco intermediário contam com suporte de equipe multiprofissional, enquanto casos de alto risco são encaminhados para serviços especializados, mantendo o vínculo com a unidade básica de origem, conforme determina o novo instrumento.

“O Instrumento Estadual de Estratificação de Risco irá garantir que as gestantes de alto risco sejam identificadas de maneira precoce e encaminhadas ao serviço adequado em tempo oportuno. É importante lembrar que toda gestante, só pelo fato de estar gestante, já apresenta certo risco, chamado de risco habitual. Mas ela pode se tornar uma gestante de risco intermediário ou de alto risco. O instrumento vem para contribuir nos principais indicadores de mortalidade materna, fetal e infantil”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Saúde da Mulher, Lavínia Rufino.

Segundo Lavínia Rufino, os parâmetros de avaliação foram divididos em cinco grupos: fatores socioambientais, antecedentes obstétricos, parâmetros nutricionais, fatores de risco na gestação atual e condições pré-existentes. “Os instrumentos devem ser aplicados a cada consulta, pois uma mulher pode ser classificada como gestante de risco habitual em uma consulta e, posteriormente, evoluir para risco intermediário ou alto risco”, ressalta a coordenadora.

A cada avaliação, deve ser registrada uma pontuação que gera um score para análise do risco da gestação. “Com pontuação de 0 a 4 pontos, a gestante é classificada como risco habitual e permanece realizando o pré-natal no próprio município. A partir de 10 pontos, ela é considerada gestante de alto risco, sendo necessário que, paralelamente às consultas de pré-natal na Atenção Primária, tenha acompanhamento nos ambulatórios de alto risco”, orienta Lavínia Rufino.