Alagoas

Hospital da Criança orienta pais sobre prevenção e cuidados em casos de quedas

Especialista do HCA destaca medidas para evitar acidentes e indica sinais de alerta após quedas em crianças

09/12/2025
Hospital da Criança orienta pais sobre prevenção e cuidados em casos de quedas
Equipamentos de proteção são essenciais para evitar quedas e acidentes entre crianças, alerta o HCA. - Foto: Ascom HCA

Nataly Lopes / Ascom Hospital da Criança de AL

As crianças estão sujeitas a quedas e pequenos acidentes, mesmo sob supervisão constante. Embora, na maioria das vezes, tudo não passe de um susto, alguns casos podem ser graves e exigem atenção especial. A enfermeira Renata Almeida, do Hospital da Criança de Alagoas (HCA), em Maceió, traz orientações sobre como prevenir quedas e o que fazer caso o acidente aconteça.

Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em 2023, mais de 33 mil crianças menores de 10 anos foram internadas no Brasil devido a acidentes com quedas. Os principais fatores de risco são a falta de supervisão, ambientes domésticos não adaptados e uso inadequado de equipamentos.

Renata Almeida ressalta que cada faixa etária demanda cuidados específicos. Para bebês de até um ano, as quedas geralmente ocorrem em móveis elevados, como trocadores, camas, sofás ou cadeiras de alimentação.

“Jamais deixe o bebê sozinho em superfícies elevadas e mantenha sempre as grades do berço levantadas quando ele estiver dentro. Ao usar a cadeirinha, certifique-se de que está bem fixada na superfície”, orienta a enfermeira.

A partir de um ano, quando a criança começa a andar e explorar o ambiente, o risco de quedas aumenta devido a tropeços, desequilíbrio e tentativas de escalar móveis.

“É fundamental ter atenção com escadas, que representam grande perigo. Instale redes ou grades de proteção em janelas e sacadas, mantenha o piso livre de obstáculos e prefira móveis com cantos arredondados ou protetores de quina”, recomenda Renata Almeida.

Já entre crianças a partir dos 6 anos, as quedas costumam acontecer durante atividades esportivas, uso de bicicletas e skates, além de brincadeiras em parquinhos. O uso de equipamentos de proteção individual é imprescindível.

Nos parquinhos, verifique se o piso é macio, se os equipamentos estão em boas condições e se a criança utiliza brinquedos adequados à sua idade e tamanho.

A criança caiu. O que fazer?

Se a queda for leve e a criança chorar por um breve período, mas logo se acalmar e voltar às atividades normalmente, observe se há cortes ou inchaço. Se necessário, aplique gelo no local da lesão.

“No entanto, se nas 24 a 48 horas seguintes a criança apresentar sintomas como vômitos, sonolência excessiva, convulsões, sangramento pelo nariz ou ouvidos, ou dificuldade para caminhar, é fundamental buscar atendimento médico imediato, pois esses sinais podem indicar lesões mais graves”, alerta Renata Almeida.

Quedas de bebês com menos de 3 meses, de alturas superiores a um metro (para crianças abaixo de 2 anos) ou de mais de quatro degraus de escada também requerem avaliação especializada.

"Nesses casos, por precaução, é recomendado procurar assistência médica", reforça a enfermeira.